Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – Contínua, (PNAD-C) divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) estima que 805 mil pessoas estejam trabalhando em Mato Grosso com carteira assinada, dados que se confirmado, representa aumento de 81 mil pessoas, ou, 11,2% em relação ao mesmo período do ano anterior. Com relação ao trimestre anterior, houve crescimento de 44 mil pessoas, ou seja, variação de 5,8%.
Esses números sustentam a posição de destaque do estado no Brasil: Mato Grosso continua sendo um dos três estados com as menores taxas de desocupação no país, atrás apenas de Santa Catarina (3,2%) e empatado com Rondônia (3,2%). No país, a taxa de desocupação ficou em 6,9% no segundo trimestre de 2024,conforme já noticiado na semana passada pelo MT Econômico.
A taxa de desocupação, que é o percentual de pessoas desocupadas em relação às pessoas na força de trabalho, em Mato Grosso foi de 3,3% referente aos meses de abril a junho de 2024. No estado, eram 65 mil desocupados no segundo trimestre deste ano. Comparado ao mesmo período de 2023, houve aumento de 0,3 ponto percentual, porém, não apresenta variação estatisticamente significativa.
Na Região Metropolitana Vale do Rio Cuiabá, a taxa de desocupação foi de 5,5%, uma redução de 0,4 ponto percentual em relação ao trimestre anterior e aumento de 1,5 ponto percentual da taxa de desocupação se comparado ao trimestre do ano anterior.
A capital Cuiabá apresentou movimento de estabilidade no trimestre com a taxa de desocupação estimada em 4,9% e variação de –0,7% em relação ao 1º trimestre de 2024 e aumento de 1,4% em comparação ao mesmo período do ano passado.
RENDIMENTO – Em Mato Grosso a pesquisa indicou R$ 3.488 como sendo o rendimento médio real habitual de todos os trabalhos, representando variação de 6,3% frente ao mesmo período de 2023, mas não apresentou variação se comparado ao 1º trimestre de 2024.
O rendimento médio real habitual recebido em todos os trabalhos da Região Metropolitana foi de R$ 3.791 um aumento 13,5% em relação ao mesmo período do ano anterior, se comparado ao trimestre anterior também houve aumento de 5,8%.
O rendimento médio real habitual recebido em todos os trabalhos da Capital Cuiabá foi de R$ 4.335 aumento de 16,4% em relação ao mesmo período do ano anterior e aumento de 6,7% frente ao trimestre anterior.
Rendimento médio real habitual recebido em todos os trabalhos é o rendimento bruto real médio habitualmente recebido em todos os trabalhos que as pessoas ocupadas com rendimento tinham na semana referência, a preços do mês do meio do trimestre mais recente que está sendo divulgado. O deflator utilizado para isso é o Índice de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA.
POPULAÇÃO OCUPADA – Estimada em 1,9 milhão de pessoas no estado, a população ocupada aumentou em 138 mil trabalhadores (7,8% em relação ao mesmo período do ano anterior) no estado. Com relação ao trimestre anterior, houve crescimento de 43 mil pessoas, ou seja, variação de 2,3%. A PNAD-Contínua também aponta que nível de ocupação (Percentual de pessoas ocupadas na semana de referência em relação às pessoas em idade de trabalhar) foi de 67,7%, representando aumento de 4,2 pontos percentuais (p.p) em relação ao mesmo período do ano anterior. Com relação ao trimestre anterior, houve aumento de 1,7 p.p..
São classificadas como ocupadas na semana de referência as pessoas que, nesse período, trabalharam pelo menos uma hora completa em trabalho remunerado em dinheiro, produtos, mercadorias ou benefícios (moradia, alimentação, roupas, treinamento etc.) ou em trabalho sem remuneração direta em ajuda à atividade econômica de membro do domicílio ou, ainda, as pessoas que tinham trabalho remunerado do qual estavam temporariamente afastadas nessa semana.
Consideram-se como ocupadas temporariamente afastadas de trabalho remunerado as pessoas que não trabalharam durante pelo menos uma hora completa na semana de referência por motivo de: férias, folga, jornada de trabalho variável, licença maternidade e fatores ocasionais. Assim, também foram consideradas as pessoas que, na data de referência, estavam, por período inferior a 4 meses: afastadas do trabalho em licença remunerada por motivo de doença ou acidente da própria pessoa ou outro tipo de licença remunerada; afastadas do próprio empreendimento sem serem remuneradas por instituto de previdência; em greve ou paralisação.
Além disso, também, foram consideradas ocupadas as pessoas afastadas por motivos diferentes dos já citados, desde que tivessem continuado a receber ao menos uma parte do pagamento e o período transcorrido do afastamento fosse inferior a 4 meses.
POPULAÇÃO DESOCUPADA – Estimada em 65 mil pessoas, não apresentou variação estatisticamente significativa em relação ao mesmo trimestre do ano anterior e, também, em relação ao trimestre anterior.
São classificadas como desocupadas na semana de referência as pessoas não ocupadas nesse período, que tomaram alguma providência efetiva para conseguir um trabalho no período de referência de 30 dias e que estavam disponíveis para iniciar um trabalho na semana de referência.
Também são classificadas como desocupadas as pessoas não ocupadas e disponíveis para iniciar um trabalho na semana de referência que, no entanto, não tomaram providência efetiva para conseguir trabalho no período de referência de 30 dias porque já haviam conseguido trabalho para começar após a semana de referência.
SUBOCUPAÇÃO – A pesquisa apontou que em Mato Grosso, no período de referência, o total de pessoas subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas era de 44 mil, aumento de 9 mil pessoas (24,5%) se comparado ao mesmo período do ano anterior e diminuição em 15 mil pessoas (25%) em relação ao primeiro trimestre deste ano.
Subocupados são pessoas com 14 anos ou mais que trabalham menos do que 40 horas semanais, gostariam de trabalhar mais e estariam disponíveis para assumir atividade remunerada com maior carga horária.