O rendimento médio mensal real do mato-grossense residente de todas as fontes foi de R$ 2.665, em 2022. Não foi o maior da série histórica local e nem o destaque do Centro-Oeste no período analisado, no entanto, supera em 5,1% a média nacional, em R$ 2.533. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua: Rendimento de todas as fontes 2022, divulgada ontem pelo IBGE.
O rendimento médio de Mato Grosso no ano passado é o maior desde 2018, quando R$ 2.733. Em relação ao Centro-Oeste, o destaque é o Distrito Federal, com R$ 4.474, seguido por R$ Mato Grosso do Sul, R$ 2.854 e Goiás, R$ 2.511.
Ainda conforme o IBGE, o rendimento médio no Brasil, em R$ 2.533, 2% maior que em 2021 e 2,6% menor que no início da série, em 2012. O de todos os trabalhos ficou em R$ 2.659, caindo 2,1%. Já o de outras fontes cresceu 12,1%, alcançando R$ 1.657 em 2022, com o item aposentadoria e pensão mantendo-se com a maior média em 2022 (R$ 2.161) e destaque para o item outros rendimentos, subindo de R$ 562 para R$ 814 (alta de 44,8%), alcançando o maior valor da série.
Já o rendimento médio mensal da categoria Aluguel e arrendamento caiu de R$ 1.989 em 2021 para R$ 1.755 em 2022, menor valor da série. Esse movimento foi acompanhado pelas regiões Nordeste, Sul e Sudeste, a última apresentando a maior queda, de R$ 2.261 para R$ 1.815.
Leia também: Endividamento da população cuiabana recua pela primeira vez no ano
“Essa foi a primeira vez que essa categoria ficou abaixo dos dois mil reais na região Sudeste, em uma grande queda. Uma possível explicação pode ser a inflação. Conseguimos perceber esse movimento também em outras categorias. Alguns itens não são reajustados de acordo com a inflação, o que causa essa corrosão”, diz Alessandra Brito, analista da pesquisa.
O percentual de pessoas com algum tipo de rendimento na população do país subiu de 59,8% em 2021 para 62,6% em 2022. Houve crescimento em todas as regiões e o Sul teve a maior estimativa (67,0%), enquanto a região Norte contou com a menor (55,9%).
Cresceu também o percentual de pessoas com rendimento de todos os trabalhos, indo de 41,1% em 2021, para 44,5% em 2022, o que evidencia o aumento de ocupação no país. Em contrapartida, no mesmo período caiu de 24,8% para 24,4% o percentual das pessoas com rendimentos de “Outras fontes”. Dentro do segmento “Outras fontes”, 13,3% (28,5 milhões de pessoas) da população residente recebiam “Aposentadoria e Pensão” em 2022, enquanto 8,9% recebiam “Outros rendimentos”, 2,0% recebiam “Pensão alimentícia, doação ou mesada de não morador” e 1,7% “Aluguel e arrendamento”.
Considerando-se o rendimento domiciliar per capita da população, a participação do rendimento de “Todos os trabalhos” era de 74,5% e a de “Outras Fontes”, 25,5%. Dentro do segmento de “Outras fontes”, 18,1% iam para “Aposentadoria e Pensão”, 1,9% para “Aluguel e Arrendamento”, 0,9% para “Pensão alimentícia, Doação e Mesada de não-morador” e 4,6% para “Outros rendimentos”.