Em 2023, o rendimento médio mensal real de todas as fontes em Mato Grosso foi de R$ 3.024,00 (três mil e vinte e quatro reais), um acréscimo de 13,9% em comparação com 2022 quando o rendimento médio mensal de todas as fontes da população do estado era de R$ 2.655. Os dados fazem parte de uma edição especial da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada nesta sexta-feira (19) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Além disso, segundo a pesquisa, Mato Grosso segue acima da média nacional que ficou no montante de R$ 2.846. Ao compararmos com todos os estados da federação, Mato Grosso possui o 8º maior rendimento mensal médio, ficando atrás do Distrito Federal (R$ 4.966), de São Paulo (R$ 3.520), do Rio de Janeiro (R$ 3.510), Rio Grande do Sul (R$ 3.208), de Santa Catarina (R$ 3.203), Paraná (R$ 3.052) e de Mato Grosso do Sul com (R$ 3.035).
O rendimento de todas as fontes das pessoas de 14 anos ou mais de idade compreendeu a soma do rendimento mensal habitualmente recebido de todos os trabalhos e do rendimento recebido de outras fontes no mês de referência.
Considerando apenas o rendimento médio mensal real de todos os trabalhos das pessoas ocupadas com idade de 14 anos ou mais, o Brasil possui o rendimento médio de R$ 2.979 e somente 9 estados acima dessa média, dentre eles o estado de Mato Grosso que possuía o rendimento médio de R$ 3.245,00 (três mil duzentos e quarenta e cinco reais), o que coloca o estado como o 5º maior rendimento médio mensal real de todos os trabalhos entre as unidades federativas.
Entre 2022 e 2023, em todo o país, a população ocupada com rendimento cresceu 4,2%, passando de 95,2 milhões para 99,2 milhões de pessoas. Mato Grosso cresceu 6,2% de 1.699 milhão em 2022 para 1.805 milhão de pessoas ocupadas em 2023. Em relação à população ocupada com rendimento por gênero, a PNAD-C apontou que havia 59,4% de homens e 40,6% de mulheres, esta diferença vem diminuindo ao longo da série histórica, que em 2012, por exemplo, na primeira divulgação da pesquisa a população masculina atingira o patamar de 63,1% da população ocupada.
MASSA DE RENDIMENTO MENSAL – A massa de rendimento é a soma dos rendimentos brutos habitualmente recebidos das pessoas de 14 anos ou mais ocupadas em todos os trabalhos que tinham na semana de referência.
Destaca-se crescimento da massa de rendimento do trabalho em todas as Grande Regiões, tanto em relação a 2022 quanto a 2019, destacando-se as regiões Norte e Centro-Oeste.
No período de 2023 a Região Sul (0,432) permaneceu com o menor valor do índice de Gini do trabalho, enquanto a Região Nordeste (0,509) apresentou o maior, mantendo-se como a região com a distribuição de rendimentos do trabalho mais desigual do País.
Existem diferentes níveis de desigualdade econômica no País, pois enquanto o índice era de 0,395 em Santa Catarina, Piauí atingiu 0,587, uma diferença de 48,5%. Paraíba, Distrito Federal, Rio Grande do Norte também estavam dentre as com maiores desigualdades, assim como o Pará e o estado da Bahia. Mato Grosso, por sua vez, apresentou o índice de (0,434) posicionando o estado como o melhor índice da Região Centro-Oeste e o 3º melhor índice do país, ficando atrás dos estados de Santa Catarina (0,395) e Rondônia (0,426).
PER CAPITA – Em 2023, o rendimento médio mensal domiciliar per capita alcançou o maior valor da série histórica da PNAD Contínua. Entre 2019 e 2023, o rendimento médio domiciliar per capita aumentou em todas as Grandes Regiões, com destaque para a Norte (21,8%) e a Centro-Oeste (12,5%), enquanto a Sul (2,3%) teve a menor variação.
Em relação à composição do rendimento médio mensal real domiciliar per capita, o rendimento do trabalho participava com 79,3% no Centro-Oeste, enquanto o rendimento de outras fontes, tais como aposentadoria e pensão, aluguel e arrendamento, participou de 20,7%.
Em Mato Grosso, esse indicador apontou a participação do rendimento do trabalho em 83,7% no rendimento domiciliar per capita, sendo a maior participação na composição do rendimento em todo o país. O rendimento médio mensal real domiciliar per capita foi de R$ 1.948 (mil novecentos e quarenta e oito reais). O valor alcançado por Mato Grosso está acima da média nacional (R$ 1.848,00) e posiciona o estado como a 9ª maior renda mensal domiciliar per capita do país.
Por outro lado, a participação de rendimentos de aposentadoria e pensão na composição do rendimento médio mensal domicilia per capita foi de 9,8%, a menor porcentagem de participação na federação.