A Associação dos Comerciantes de Materiais de Construção de Mato Grosso (Acomac/MT) entrou em acordo com o governo do Estado para que não haja aumento da tributação sobre o preço do cimento. Durante a negociação, a Acomac/MT argumentou que o Estado estaria baseando o reajuste em valores de meses que antecederam dezembro de 2021, data da reunião de negociação.
Conforme explica o presidente da Acomac/MT, Fábio Sbeghen, a reunião com representantes do Estado foi favorável tanto ao setor como ao consumidor. “Nós conversamos e explicamos que os valores apresentados [pelo Estado] eram de meses anteriores e que não representavam mais a realidade da atualidade. Com isso, o Estado reviu o preço e readequou a pauta vigente, que estava acima do valor de mercado”.
Ocorre que durante os meses de setembro e outubro do ano passado, o preço do cimento em Mato Grosso sofreu uma variação comparada aos meses anteriores. Com isso, o aumento foi repassado ao consumidor final. Mas o aumento não foi repassado ao Estado e, quando o mesmo tomou conhecimento, o valor já havia reduzido, movimento que conduziu ao não aumento, bem como à readequação da pauta do cimento para o novo valor.
Fabio Sbeghen destacou ainda que o cenário atual é favorável para o consumidor. “O preço do cimento vem oscilando nos últimos meses, mas a tendência para janeiro de 2022 e os próximos meses é abaixar ainda mais, tornando ainda mais vantajoso construir e reformar”.
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A pauta fiscal é conhecida também como preço médio ponderado ao consumidor final (PMPF) e se trata de uma tabela de preço, uma fixação prévia dos preços de determinados produtos. A Pauta adequa o valor com base nos impostos cobrados coibindo o superfaturamento desses produtos e também para efeito de fiscalização das operações interestaduais.
BALANÇO – As vendas de cimento no Brasil, em dezembro, somaram 4,8 milhões de toneladas, um crescimento de 1,6% em relação ao mesmo mês de 2020, de acordo com o Sindicato Nacional da Indústria de Cimento (SNIC). Mas ao analisar a venda de cimento por dia útil, onde é considerado o número de dias trabalhados e tem forte influência no consumo, o volume em dezembro foi de 205,5 mil toneladas, queda de 15,6% comparada com o mês anterior.
Com esse resultado, o setor termina 2021 com um total de 64,7 milhões de toneladas de cimento vendidas, um aumento de 6,6% sobre o ano anterior, e volta ao patamar de comercialização de dezembro de 2015.
Os principais indutores do crescimento da atividade foram a continuidade das construções e reformas através da autoconstrução, as obras imobiliárias e uma incipiente retomada de obras de infraestrutura.
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