Começa hoje mais uma reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) será realizada até amanhã, dia 20. O mercado prevê uma segunda redução consecutiva da taxa Selic de 0,5%. No último encontro, em 2 de agosto, houve um corte de 0,5 ponto percentual, chegando a 13,25% ao ano. Foi a primeira queda desde 2020, quando o Banco Central baixou para a mínima histórica (1,9%) com objetivo de conter os efeitos da crise provocada pela Covid-19.
No mês de agosto, a alta de 0,23% da inflação, puxada pela alta no valor das contas de luz (+4,59%) e dos combustíveis (+0,87%), reacendeu a possibilidade de uma política monetária menos restritiva. O Itaú Unibanco, por exemplo, reduziu de 11,75% para 11,50% a previsão para a taxa Selic no fim de 2023, com expectativa de queda de 0,75% no mês de dezembro.
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Para Fernando Lamounier, especialista em educação financeira,”sem perder o controle da inflação, que seria uma catástrofe, principalmente em um país que já viveu inflações altíssimas, na próxima reunião deverá ocorrer sim um corte de 0,5%, dando indícios que a redução continue acontecendo nos próximos meses de acordo com o futuro dos índices econômicos”.
De forma prática para o brasileiro real, caso haja uma nova redução de 0,5% da taxa de juros, uma pessoa que entrar no cheque especial em R$ 1.000 por 30 dias iria pagar R$ 129,80 e com a queda vai pagar R$ 124,90 na operação, uma diferença de R$ 4,90. Lamounier destaca que o número de novos postos de trabalho deve aumentar com o acesso a créditos mais baratos, afetando diretamente no custo das operações e colaborando com a diminuição dos preços ao consumidor final.