O volume de serviços cresceu 14,3%, em Mato Grosso, no acumulado dos oito primeiros meses desse ano, ante igual momento do ano passado, período esse severamente marcado pela pandemia do novo coronavírus.
Dados da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada pelo IBGE, mostram que nesse comparativo o desempenho estadual superou a média nacional que registrou crescimento anual de 11,5%.
Em relação à receita do setor, Mato Grosso contabiliza variação de 14,2%, bem próxima do patamar que mensura o volume de demandas de serviços.
Usando como base de comparação o mês de agosto do ano passado – quando o Estado registrava alta no número de mortes pela Covid-19 e vivenciava período de restrições e isolamento – há alta de 9,4% no volume de serviços no Estado. A alta estadual é tímida quando comparada à consolidada na média nacional. No mesmo período de comparação e sob o mesmo contexto (primeira onda da doença), teve evolução de 16,7%.
Já na passagem de julho para agosto, a demanda estadual por serviços recuou 3,6%, enquanto que no País a média apontou crescimento de 0,5%. No País, essa é a quinta taxa positiva seguida, acumulando no período ganho de 6,5%. Com isso, o setor está 4,6% acima do patamar pré-pandemia e alcança o nível mais elevado desde novembro de 2015.
“O setor de serviços mantém sua trajetória de recuperação em agosto, sobretudo nos serviços considerados não presenciais, mas também nos presenciais, com o avanço da vacinação e o aumento da mobilidade das pessoas. Desde junho do ano passado, o setor acumula 14 taxas positivas e somente uma negativa, registrada em março, quando algumas atividades consideradas não essenciais foram fechadas por determinação de governos locais em meio ao avanço da segunda onda do coronavírus”, explica o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo.
Para o economista-chefe da Ativa Investimentos, Étore Sanchez, o avanço mensal da taxa no País, foi “abaixo da nossa expectativa de alta, em 1,4%. Na comparação anual, a alta foi de 16,7%, também ligeiramente abaixo da nossa expectativa de 16,8%, mas acima da mediana do mercado de 16,1%. Contudo, vale destacar que o avanço robusto na comparação anual se deve a base de referência extremamente deprimida no ano passado, reflexo da restrição de mobilidade maior imposta pela pandemia em 2020”.
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