A taxa de desempregados/desocupação de Mato Grosso, no terceiro trimestre de 2023 foi de 2,4%, com diferença de 0,6 ponto percentual em comparação ao segundo trimestre, quando foi de 3%, de acordo com a PNAD Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua), divulgada ontem (22) pelo IBGE.
Mato Grosso está atrás apenas de Rondônia, que tem 2,3%, mesma posição dos dois estados no ranking do segundo trimestre de 2023. Santa Catarina é o terceiro colocado, com 3,6%, seguido por Mato Grosso do Sul (4%) e Paraná (4,6%). Os estados da Bahia (13,3%), Pernambuco (13,2%) e Amapá (12,6%) tiveram as maiores taxas.
Na comparação com o terceiro trimestre de 2022, quando a taxa de desocupação havia sido de 3,8%, porém, houve queda de 1,4 ponto percentual. No Brasil, a taxa de desocupação no terceiro trimestre de 2023 foi de 7,7%, contra 8% no trimestre anterior. Em relação ao terceiro trimestre de 2022, quando foi de 8,7%, houve queda de 1 ponto percentual. Na comparação com o segundo trimestre de 2023, a taxa diminuiu em três das 27 unidades da federação: São Paulo (7,8% para 7,1%), Maranhão (8,8% para 6,7%) e Acre (9,3% para 6,2%). Apenas em Roraima houve crescimento (de 5,1% para 7,6%). Nos outros 23 estados, as taxas ficaram estáveis.
FORÇA DE TRABALHO – A população desocupada de Mato Grosso foi estimada em 45 mil pessoas no terceiro trimestre de 2023, uma redução de 35,9% em relação ao mesmo período do ano anterior, quando havia sido de 70 mil pessoas. Já a população ocupada do estado foi de 1,8 milhão de pessoas. A pesquisa estimou em 2,8 milhões a população em idade de trabalhar em Mato Grosso e em 64,1% o nível de ocupação.
O número de empregados no setor privado com carteira de trabalho assinada foi estimado em 717 mil pessoas. O total de empregados no setor privado sem carteira de trabalho assinada foi de 194 mil pessoas, o que representa uma queda de 13,7% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Os trabalhadores por conta própria do estado aumentaram de 422 mil, de abril a junho de 2023, para 475 mil, de julho a setembro de 2023, uma alta de 12,5%. Na comparação com o período de julho a setembro do ano passado, quando haviam 432 mil trabalhadores por conta própria, houve aumento de 9,9%.
De acordo com a pesquisa, o total de pessoas fora da força de trabalho aumentou 6,7% ou 61 mil pessoas entre o terceiro trimestre do ano passado e o mesmo período deste ano, passando de 909 mil para 969 mil. No segundo trimestre deste ano, havia sido de 966 mil mato-grossenses.
SEGMENTOS DE ATUAÇÃO – Por grupamentos de atividade do trabalho principal, os ocupados no setor de administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais aumentaram 13,7% do terceiro trimestre do ano passado para o mesmo período deste ano (256 mil para 291 mil).
O setor de comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas teve alta de 11,6% no número de ocupados entre o terceiro trimestre de 2022 e o terceiro trimestre de 2023: de 372 mil para 415 mil. Os outros setores tiveram estabilidade.
SALÁRIO – A PNAD Contínua aponta também que o rendimento médio real habitual de todos os trabalhos no estado passou de R$ 3.165, no segundo trimestre de 2023, para R$ 3.252, no terceiro trimestre deste ano, uma diferença de R$ 87. No terceiro trimestre do ano passado, o valor havia sido de R$ 3.157.
No Brasil, o rendimento médio real mensal habitual (R$ 2.982) cresceu tanto em relação ao trimestre anterior (R$ 2.933) quanto na análise comparativa com o mesmo trimestre de 2022 (R$ 2.862).
O contingente de desocupados ou subocupados por insuficiência de horas trabalhadas (as pessoas com jornada de trabalho inferior a 40 horas semanais, mas que gostariam de trabalhar mais horas e que estariam disponíveis) caiu de 127 mil, no terceiro trimestre de 2022, para 91 mil, no mesmo período deste ano, uma redução de 27,8%.
INFORMALIDADE – A taxa de informalidade da população de 14 anos ou mais de idade no estado foi de 35,8% da população ocupada no terceiro trimestre de 2023, o que representam 649 mil pessoas. No trimestre anterior, a taxa era de 35%. A taxa de informalidade para o Brasil foi de 39,1% da população ocupada. As maiores taxas ficaram com Maranhão (57,3%), Pará (57,1%) e Amazonas (55,0%) e as menores, com Santa Catarina (26,8%), Distrito Federal (30,6%) e São Paulo (31,3%).