A taxa de desocupação de Mato Grosso encolheu mais de 81% na comparação com o fechamento de 2021 ante o registrado em 2020. Conforme dados da PNAD Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua), divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o Estado reduziu de 10,7%, no quarto trimestre de 2020, para 5,9%, no mesmo período de 2021. Com essa variação negativa, encolhendo o número de desocupados, Mato Grosso encerrou o ano com a segunda menor taxa do País.
Mato Grosso está atrás apenas de Santa Catarina (4,3%), e seguido por Mato Grosso do Sul (6,4%), Rondônia (6,8%) e Paraná (7%). Os estados de Pernambuco (17,1%), Bahia (17,3%) e Amapá (17,5%) tiveram as maiores taxas. No Brasil, a taxa de desocupação passou de 14,2%, de outubro a dezembro de 2020, para 11,1%, no mesmo período do ano passado.
Conforme o IBGE, no terceiro trimestre de 2021, a taxa mato-grossense havia sido de 6,6%, uma variação de 0,7 ponto percentual no quarto trimestre do mesmo ano.
A população desocupada do Estado foi estimada em 108 mil pessoas de outubro a dezembro de 2021, uma queda de 45,4% em relação ao mesmo período do ano anterior, ou 90 mil pessoas a menos. Todavia, em relação ao trimestre anterior, não houve variação estatisticamente significativa.
O total de ocupados se manteve estável no Estado nas duas comparações, com o total de 1,7 milhão no quarto trimestre de 2021. A pesquisa estimou em 2,7 milhões a população em idade de trabalhar, em Mato Grosso, em 62,5% o nível da ocupação e em 671 mil pessoas o total de empregados no setor privado com carteira de trabalho assinada, sendo que nenhum desses indicadores apresentou variação estatisticamente significativa em relação ao mesmo trimestre do ano anterior e, também, em relação ao trimestre anterior.
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Já o número de empregados no setor privado sem carteira de trabalho assinada cresceu. Estimados em 221 mil no quarto trimestre de 2021 no Estado, aumentou em 40 mil pessoas (21,9% em relação ao mesmo período do ano anterior). Com relação ao trimestre anterior, houve crescimento de 27 mil pessoas, ou seja, variação de 14%.
O total de empregados domésticos aumentou 32%, em Mato Grosso, no quarto trimestre de 2021 na comparação com o mesmo período do ano anterior, passando de 88 mil para 117 mil. Entre os trabalhadores domésticos com carteira a alta foi de 46,1% (de 24 mil para 34 mil) e, entre os sem carteira, de 26,9% (de 65 mil para 82 mil).
A quantidade de mato-grossenses que trabalham por conta própria se manteve estável nas duas comparações, mas entre os que atuam sem CNPJ houve queda de 12% de outubro a dezembro de 2020 para o mesmo período de 2021: de 356 mil para 313 mil.
Por grupamentos de atividade do trabalho principal, o setor de Serviços Domésticos foi o único que aumentou (29,1%) o número de ocupados em Mato Grosso no quarto trimestre de 2021 na comparação com o mesmo período do ano anterior: de 91 mil para 118 mil. Já o setor
RENDIMENTO MÉDIO – Estimado em R$ 2.521 em Mato Grosso, o rendimento médio real habitual de todos os trabalhos caiu 8,5% em relação ao mesmo período do ano anterior. Não houve, todavia, variação estatisticamente significativa em relação ao trimestre anterior.
No Brasil, o rendimento médio real habitual de todos os trabalhos foi estimado em R$ 2.447 de outubro a dezembro de 2021, o que representa uma queda de 10,7% em relação ao mesmo período do ano anterior e de 3,7% em relação ao trimestre anterior.
O contingente de desocupados ou subocupados por insuficiência de horas trabalhadas (as pessoas com jornada de trabalho inferior a 40 horas semanais, mas que gostariam de trabalhar mais horas e que estariam disponíveis) caiu 37,9% entre o quarto trimestre de 2021 e o quarto trimestre de 2020: de 267 mil para 166 mil.
Já o total de desalentados (as pessoas que desistiram de procurar trabalho no período pesquisado por acharem que não encontrariam) foi estimado em 23 mil de outubro a dezembro de 2021, mesmo número de julho a setembro, enquanto que de outubro a dezembro de 2020 foi de 26 mil pessoas.