A taxa de desocupação em Mato Grosso fechou 2022 com índice de 3,5%. Na comparação anual recuou 2,4 pontos percentuais (p.p.) em relação ao fechamento de 2021, quando o indicador era de 5,9%. Mesmo estando entre os melhores resultados do País, o Estado que vinha se firmando na segunda menor taxa do Brasil, finalizou o ano na terceira posição, atrás de Rondônia (3,1%) e Santa Catarina (3,2%).
Mesmo com a oscilação ao longo do ano, o resultado está muito abaixo da média nacional que encerrou 2022 com taxa de desocupação de 7,9%.
Os dados que fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua Trimestral, divulgada ontem pelo IBGE, mostram ainda que de uma população total em idade de trabalhar em cerca de 2,76 milhões de pessoas, 1,76 milhão estão ocupadas e 64 mil desocupadas. Nessa relação, a PNAD revela que Mato Grosso encerrou o ano passado com taxa de ocupação de 63,8%.
No 4° trimestre de 2022, a taxa composta de subutilização (percentual de pessoas desocupadas, subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas e na força de trabalho potencial em relação a força de trabalho ampliada) foi de 18,5%. Mato Grosso teve o quarto menor percentual do País, 8,8%. As maiores taxas foram no Piauí (38,8%), Sergipe (33,9%) e Bahia (31,8%). As menores taxas foram em Santa Catarina (5,9%), Rondônia (7,2%) e Mato Grosso do Sul (8,5%).
O percentual da população ocupada trabalhando por conta própria foi de 25,6%, em linha com a registrada no Estado, 25,7%. Os maiores percentuais foram de Rondônia (36,5%), Amapá (34,3%) e Amazonas (31,9%) e os menores, do Distrito Federal (19,4%), Tocantins (21,1%) e Goiás (21,7%).
Em relação ao percentual de pessoas com carteira assinada, no 4º tri de 2022, 73,6% dos empregados do setor privado tinham carteira de trabalho assinada no País. Mato Grosso teve o quinto maior percentual nacional e maior entro os estados do Centro-Oeste: 78%. Entre as unidades da federação, os maiores percentuais estavam em Santa Catarina (87,8%), Rio Grande do Sul (81,1%) e Paraná (80,9%). Os menores, no Maranhão (48,3%), Pará (49,9%) e Piauí (51,9%).
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No 4º trimestre de 2022, o rendimento médio real de todos os trabalhos, habitualmente recebido por mês, pelas pessoas de 14 anos ou mais de idade, ocupadas na semana de referência, com rendimento de trabalho, foi estimado em R$ 2.808 no País e em R$ 3.134 em Mato Grosso. Na passagem de 2021 para 2022, o rendimento médio dos mato-grossenses cresceu 17,8%, já que no ano anterior era de R$ 2.661.
O resultado do Brasil apresentou crescimento de 1,9% frente ao trimestre de julho a setembro de 2022 (R$ 2.757) e de 8,3% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior (R$ 2.594).
Na comparação entre o 3º e o 4º trimestre de 2022, apenas as regiões Centro-Oeste e Sudeste apresentaram crescimento e as demais tiveram estabilidade estatística. Em relação ao 4º trimestre de 2021, o rendimento médio cresceu em todas as regiões.
A taxa de informalidade no 4° trimestre de 2022 ficou em 38,8% da população ocupada na média nacional e de 35,1% em Mato Grosso. As maiores taxas ficaram com Pará (60,8%), Maranhão (57,4%) e Amazonas (57,0%) e as menores, com Santa Catarina (25,9%), Distrito Federal (29,7%) e São Paulo (30,5%).
“De modo geral, há uma tendência de queda da taxa de desocupação que pode ser provocada pela expansão do número de trabalhadores, muitas vezes em trabalhos temporários, ou pela própria redução da procura por trabalha nas últimas semanas de dezembro. Nesse ano de 2022, a retração da taxa no 4º trimestre foi mais influenciada pela redução da desocupação, uma vez que a população ocupada ficou estável no período”, avalia a coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE, Adriana Beringuy