Com origem nas línguas indo-europeias (“Oinos”) e no Latim (“Unus”), a palavra “união” está na base de inúmeras expressões que definem ações como ajuntamento, aliança, soma, pacto, unidades de medidas ou, ainda, algo que se tem ou se realiza em comum. Em todos os casos tem-se como consequência o aumento da força, amplitude e abrangência.
São características que definem muito bem o Cooperativismo. Uma reunião maior de pessoas também quer dizer pluralidade de pensamentos, ideias e experiências. São novas relações que se constroem. Por isso a união está na base do Cooperativismo, que busca não só o desenvolvimento econômico, mas também o bem-estar social. Um sistema que se fundamenta na reunião de pessoas para o bem comum.
É ainda uma palavra que denota compromisso entre pessoas ou grupos. Em nosso caso uma associação com objetivos definidos, uma comunhão que visa formar um todo harmônico, construído com base nas diferenças. A verdadeira união é aquela em que, apesar da existência de necessidades próprias de cada um, são as do coletivo que se tornam importantes. A prosperidade conjunta sempre será mais interessante do que a individual.
Com base em valores universais, o Cooperativismo talvez seja uma das poucas iniciativas de âmbito internacional que reúna tantas e tão diferentes pessoas alinhadas numa mesma filosofia. E não somos poucos. Afinal, segundo dados da Aliança Cooperativista Internacional (ACI) e da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), hoje são 800 milhões de cooperados em todo o mundo, 6 milhões apenas no Brasil, onde 160 mil empregos são gerados.
Se a união faz a força, a união com objetivos valorosos consegue potencializá-la. Fortalecer o Cooperativismo é garantir mais justiça social, mais igualdade de oportunidade e renda. É exercer o verdadeiro sentido de comunidade.
São argumentos de sobra para que comemoremos este 20 de outubro, o Dia Internacional do Cooperativismo de Crédito.
Aifa Naomi Uehara de Paula
Presidente do Sicoob Central MT/MS