O Instituto de Pesquisa e Análise da Fecomércio Mato Grosso (IPF/MT) divulgou ontem, (13), o valor mensal da cesta básica referente ao mês de agosto, que atingiu R$ 703,14. A retração de -0,36% no comparativo com o mês anterior ocorre após consecutivas quedas semanais observadas no oitavo mês do ano, que totalizaram 2,31%.
O presidente da Fecomércio/MT, José Wenceslau de Souza Júnior, disse que o recuo no valor da cesta pode refletir no atual momento de reorganização do orçamento das famílias e no planejamento de consumo. “Mesmo com os aumentos registrados no início do ano, começamos a notar uma recente diminuição nos preços dos alimentos, o que tem ocorrido na maioria das capitais coletadas onde se divulga o valor da cesta básica”.
Conforme o IPF/MT, 61% dos itens apresentaram queda no preço, fazendo com que o valor médio se aproximasse do registrado em maio de 2022, quando a cesta custava R$ 700,55. A retração pode ter relação com a redução do ICMS sobre os combustíveis e a desaceleração da inflação no país.
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Com relação ao levantamento realizado pelo Dieese, combinado com os dados divulgados pelo instituto da Fecomércio/MT, Cuiabá possui o 5º maior preço da cesta entre as capitais analisadas, com preço médio maior que em Campo Grande e menor que na cidade do Rio de Janeiro.
De acordo com o Dieese, somente a cidade de Belém não apresentou recuo no preço médio da cesta básica. No entanto, as demais capitais, incluindo Cuiabá, tiveram variação negativa.
Dentre os produtos com maiores retrações na Capital mato-grossense, o óleo de soja se destacou com uma queda de 8,73%, o que pode estar associada a diminuição da demanda e o aumento da produção do item diante de altas nas exportações.
O tomate também apresentou variação negativa no mês, de -8,07%, com a sua queda podendo estar relacionada ao aumento do produto disponível nos atacados, reduzindo seu valor nos mercados locais.
No entanto, a manteiga apresentou uma alta de 11,54% em relação com o mês anterior, com uma variação nominal de R$ 3,71. Seu aumento é acompanhado desde o começo do mês de julho, o que pode estar associado ao custo de produção.
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