Com crescimento de 0,01% na terceira semana de março, a cesta básica atingiu R$ 774,37 em Cuiabá e segue em ritmo de estabilidade nos preços pela quarta semana consecutiva. O indicador tem apresentado pequenas altas, que, juntas, totalizam crescimento de 0,41% desde a última semana de fevereiro, conforme dados do Instituto de Pesquisa e Análise da Fecomércio Mato Grosso (IPF/MT).
Um dos produtos que teve maior variação foi o tomate, que cresceu 11,85% na semana, devido a menor colheita da safra atual, impactando sua oferta e preço nos supermercados. Já a batata e a banana registraram retração semanal no preço de -4,23% e -2,83%, respectivamente. As boas produções contribuíram para a melhora da disponibilidade desses alimentos nos mercados, diminuindo, assim, seus valores.
Para o superintendente da Fecomércio/MT, Igor Cunha, a estabilização no valor, com as principais variações nos preços dos itens sendo observados nos mesmos alimentos. “A estabilidade no indicador da cesta básica se mantém em patamar bem abaixo do averiguado em janeiro deste ano, quando somou valores acima dos 800 reais. A questão climática é quase que, exclusivamente, o principal fator para as variações nos preços de alguns alimentos”.
Ainda conforme análise do IPF/MT, outros alimentos que registraram variação negativa, como o leite, carne bovina, óleo de soja e café em pó podem beneficiar o consumo direto ou indireto, por meio da participação desses itens em composição de outras cadeias produtivas.
Cesta básica de Cuiabá é a segunda mais cara do País, mesmo apresentando queda
LEVANTAMENTO ANUAL – Apesar da estabilidade nas últimas semanas, o indicador da cesta básica na terceira semana de março do ano passado era cotado a R$ 690,80, ou seja, 12,10% menor que o averiguado na semana atual. O superintendente da Fecomércio/MT destaca as variáveis que influenciaram no valor neste período.
“Entre as semanas dos últimos 12 meses, foram averiguados impactos político-econômicos na cesta básica, como o conflito entre Rússia e Ucrânia e as eleições brasileiras, além das sazonalidades de alguns alimentos, como o caso do tomate, batata e a cadeia produtiva do leite”, explicou Cunha.
Segundo IPF/MT, o aumento de R$ 83,57, bem acima do averiguado em março de 2022, reflete no consumo e no comprometimento da renda das famílias, mostrando como foi o impacto do preço dos alimentos na região no último ano.