No movimento inverso ao registrado no País, as vendas de veículos zero quilômetro, em Mato Grosso, em abril, registraram alta de 12,92% na comparação anual. Foram 7.638 unidades comercializadas no mês passado ante 6.764 em igual momento do ano passado, período em que o País vivenciava um novo pico de contaminação pela Covid-19.
Chama à atenção o movimento de alta registrado em Mato Grosso, já que no Brasil o saldo foi negativo, apontando retração de pouco mais de 6% na mesma base de comparação. Os dados são do novo levantamento da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), divulgado ontem.
Ainda em relação aos concessionários mato-grossenses o saldo atual de vendas fica 4,72% menor quando se compara o volume de unidades vendidas em abril em relação a março. Com 22 dias úteis, março havia fechado com saldo de comercialização em 8.016 unidades, o maior desse ano, no Estado. Como destaca o presidente da Fenabrave, Andreata Jr, abril teve apenas 19 dias úteis e isso influencia diretamente no número de emplacamentos diários.
Ainda comparando performances, o acumulado de vendas nos quatro primeiros meses desse ano aponta para um leve recuo, -1,26%, ante o saldo do primeiro quadrimestre do ano passado. Conforme a entidade, Mato Grosso passou de 29.057 unidades vendidas para 28.692.
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Autos e comerciais leves seguem respondendo pela maior participação do market share local, com 42,46% do total comercializado de janeiro a abril, somando 12.183 unidades. No entanto, na comparação anual, há perda de representatividade, com a ascensão das vendas de motos. Esse segmento passou a responder por 37,66% do mercado de zero quilômetro de Mato Grosso. Em igual momento do ano passado eram 31,74%. Na soma do quadrimestre as motos tiveram 10.806 unidades comercializadas, 17,18% a na comparação anual.
BRASIL – Com 270.560 unidades licenciadas, o mês de abril (19 dias úteis) registrou alta de 14,5% no número de emplacamentos diários, na comparação com março (22 dias úteis). Para Fenabrave esse resultado deixa o setor próximo da estabilidade, considerando os dias úteis. Já no comparativo com abril de 2021, houve retração de pouco mais de 6% e, no acumulado do ano, a queda é de cerca de 7,2%.
“Temos notado uma recuperação gradativa nos emplacamentos. Apesar de ainda estarmos em retração, no acumulado do ano, notamos que, no fechamento do primeiro bimestre de 2022, o volume estava cerca de 13% menor se comparado a igual período de 2021. Agora, a retração caiu para pouco mais de 7%, o que sinaliza um movimento de retomada “, afirma Andreta Jr.
Para ele, o resultado é positivo considerado o momento global pós-pandemia e de conflitos internacionais. “A Ucrânia, em guerra com a Rússia, é um importante fornecedor de insumos para a indústria de semicondutores, o que agrava a crise de abastecimento global. Além disso, há problemas com preços de combustíveis no mundo inteiro. Dentro deste cenário, vemos com otimismo sinais de melhora no setor”, diz.
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