O número de novos imóveis comercializados no Brasil aumentou 18% no primeiro semestre de 2022, quando comparado ao mesmo período de 2021. Ao todo, foram vendidas 87.655 unidades nos seis meses. Os dados referem-se ao levantamento realizado com 18 empresas associadas à ABRAINC (Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias), em parceria com a FIPE (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas). No mesmo intervalo, os lançamentos somaram 62.414 unidades, volume que representa um incremento de 3% em relação aos seis primeiros meses de 2021.
Em relação aos empreendimentos de Médio e Alto Padrão (MAP), o número de imóveis lançados pelo segmento entre janeiro e junho deste ano teve um crescimento de 20% em relação ao mesmo intervalo de 2021. Em termos de vendas foi registrado um acréscimo de 103% em relação à primeira metade do ano passado. Para Luiz França, presidente da ABRAINC, esse resultado é influenciado pela boa oferta de crédito imobiliário. “O volume de financiamentos de imóveis novos no primeiro semestre deste ano cresceu 5% em relação ao mesmo período de 2021. Apesar da alta na Selic, que subiu de 2% (2021) para 13,75% (agosto/22), o aumento na taxa de financiamento imobiliário foi inferior a 2% ao ano”, afirma.
Outro ponto positivo é a relação distrato/venda, que terminou o semestre com o patamar de 10,9% ao ano. Esse é o menor valor desde o início da série histórica iniciada em 2014. Além disso, a taxa mensal vem caindo de modo consistente em todos os meses de 2022. Esse dado mostra um importante avanço na segurança jurídica do setor.
Os empreendimentos associados ao programa Casa Verde Amarela (CVA) registraram crescimento de 2% nas vendas e uma queda de 5% nos lançamentos no primeiro semestre deste ano sobre igual período de 2021. De acordo com Luiz França, as medidas implantadas pelo governo ao longo do ano para incentivo ao CVA estão se mostrando importantes para garantir o acesso à moradia digna para as famílias de baixa renda.
“O resultado disso é que as vendas no segundo trimestre foram 31% maiores das apontadas no primeiro trimestre. Esses ajustes serão fundamentais para aumentar a produção do programa no segundo semestre deste ano, o que é fundamental para se combater o déficit habitacional de 7,8 milhões de moradias e melhorar a qualidade de vida das famílias mais necessitadas”, finaliza o executivo.