A expectativa dos comerciantes cuiabanos é mais do que positiva em relação às vendas alusivas ao Dia das Crianças, data comemorada no próximo dia 12 de outubro. Além de projetar um incremento anual de vendas de cerca de 15%, a Câmara de Dirigentes Lojistas de Cuiabá (CDL), não descarta a possibilidade dessa expansão ultrapassar o registrado em igual momento de 2019, ou seja, superando o período pré-pandemia. A data é tida como uma das melhores do calendário anual do varejo.
Para aferir melhor o impacto do Dia das Crianças, a CDL Cuiabá realizou uma pesquisa, através do seu Núcleo de Inteligência de Mercado, para entender o comportamento de compra dos consumidores da Capital. “O comércio tem apresentado números positivos nas principais datas comemorativas de 2021 e não será diferente durante o período do Dia das Crianças. Em um ranking, com os períodos de vendas mais propícios para o varejo, o Dia das Crianças historicamente tem ficado na maioria das vezes em terceiro, perdendo apenas para Natal e Dia das Mães. Através dos nossos estudos estamos estimando um crescimento médio próximo a 15% quando comparado com o mesmo período do ano passado, ou seja, a estimativa é fecharmos igual ou até mesmo superior que 2019″, avaliou o superintendente da CDL Cuiabá, Fábio Granja.
Entre vários indicadores, a pesquisa apontou a tendência de compras apontando produtos mais procurados, formas de pagamento, locais de compras e o gasto médio por presente. Este pilar revelou que entre as faixas de valor de compras, 60,3% dos entrevistados disseram que pretendem gastar igual ao ano passado e 20,5% pretendem gastar mais. O valor médio de gasto para este ano será de R$ 188,10. Outra informação importante é que o que desperta o interesse na compra, 59,5% disseram ser o desejo da criança.
A amostragem trouxe 150 entrevistas com potenciais clientes em compras no período entre 14 e 24 de setembro, através de metodologia descritiva quantitativa in loco com equipe especializada de mercado, aplicação de amostragem por segmentos e princípio da saturação. O perfil de entrevistados foi dividido entre o público feminino (51,3%) e público masculino (48,7%). A Idade média dos respondentes foi de 41 anos, sendo a maioria 57,7%, casado com dois filhos.
A escolaridade dos respondentes foi dividida em 70,8% Ensino Médio, 17,7% Ensino Superior, 8,8% Ensino Fundamental e 2,7% Pós-graduação. A renda média dos respondentes foi de R$ 2.598,20.
RESULTADOS – Os presentes mais procurados, segundo o diagnóstico, são: Brinquedos 50%, Vestuário e acessórios (moda) 31,7%, Calçados 4,4%, Eletrônicos 3,2%, Perfumes 2,5%, Alimentos 2,5%, Telefonia/Smartphone 2,5%, Artigos esportivos 1,3%, Livros/Livraria 0,6% e Outros 1,3%.
Para as opções de brinquedos citadas na pesquisa, os entrevistados responderam que comprarão ou irão comprar: Boneca 33,3%, Carrinho 32,5%. Jogos educativos 10,3%, Bola 7,1%, Avião 4,8%, Boneco 3,2%, Quebra-cabeça 3,2%, Bicicleta 2,4% e Outros 3,2%.
Com relação ao local de compras, 39,2% dos entrevistados disseram que irão comprar nas lojas localizadas no Centro da cidade (predominado pela geração BB, 57 a 77 anos), 19,6% nos shoppings centers (Geração Z, 18 a 26 anos), 15% nas lojas próximas do bairro onde mora (Geração X, 42 a 56 anos), 6,5% internet (Geração X, 42 a 56 anos) e 19,6% em outros.
A pesquisa apurou também a quantidade de presentes que cada entrevistado pretende dar e o resultado foi em média de dois itens. Quem pretende presentear, o resultado da pesquisa foi 34% filho, 24,8% o neto, 20,9% o sobrinho, 7,2% afilhado, 3,9% enteado (a) e 9,2% outras pessoas.
Com o hábito de todo brasileiro, 79,7% dos respondentes disseram que ainda não começaram a pesquisar o que vão comprar, enquanto que 18,2% já começaram e 2% já compraram. Outro levantamento foi a respeito do tempo que se programa para começar a pesquisar o presente. Na véspera ou no dia 50% dos entrevistados e 25,3% até sete dias antes.
Os cuiabanos revelaram ainda onde costumam fazer as pesquisas antes de comprar: 62,6% indo pessoalmente na loja, 15% redes sociais, 11,6% site de busca, 9,5% comparador de preços e 1,4% disseram não fazer pesquisa.
Sobre os motivos considerados como tomadores de decisão na hora da compra, para 48,6% dos entrevistados é o preço, seguido de promoções 25,3%, atendimento 10,3%, facilidade na hora da compra 8,2% e facilidade de pagamento 7,5%.
Outro dado muito importante apurado no levantamento foi a forma de pagamento para essas compras. Cerca de 65% preferem pagar à vista. Para 50,3% o pagamento será em dinheiro, 32,9% cartão de crédito, 12,10% cartão de débito e 4,6% utilizarão outros meios.
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