Após várias reuniões internas e com representantes da Associação dos Camelôs, o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), disse que a reconstrução do Shopping Popular custará em torno de R$ 60 milhões a R$ 70 milhões.
No entanto, o município não tem autorização jurídica para fazer repasses à Associação, por ser uma entidade privada. Segundo o prefeito, apenas o governo federal ou o estadual teriam essa condição. “Temos que ver essa questão legal. Só vejo como alternativa o governo federal ou estadual”.
Conforme Emanuel, o procurador-geral do município, Benedicto Calix, pesquisa casos julgados no Supremo Tribunal Federal (STF) para localizar um deferimento que respalde a transferência de recursos. Mas até o momento o setor jurídico não identificou nenhuma situação validada pela Justiça.
“Há uma dificuldade muito grande pois não temos como passar os recursos. Eles estão buscando casos julgados do STF, mas o problema é achar essa a viabilidade jurídica que nos permita fazer isso”, contou.
GOLPES – O presidente da Associação do Shopping Popular, Misael Galvão, alertou sobre a criação de falsas campanhas beneficentes, as famosas “vaquinhas”, para supostamente ajudar os lojistas que perderam tudo no incêndio que atingiu o centro comercial, na madrugada de segunda-feira (15). Após perder tudo, alguns comerciantes têm feito ações para conseguir recomeçar. Mas oportunistas têm usado a causa para aplicar golpes e arrecadar para valores que seriam doados para quem foi afetado pela tragédia.
Misael anunciou que, para combater os golpes e evitar que a população que tem ajudado os lojistas seja enganada, homologará uma campanha oficial em nome do centro comercial.