Já estou imaginando que este artigo provoque reações contraditórias. Admito que ele seja provocativo. Mas enfim, preferi arriscar. Imagino que pra algumas pessoas traga necessárias reflexões. Desde muito cedo interessei-me pelas questões espiritualistas, de modo mais abrangente. Nunca fui um apaixonado pelos dogmas das religiões. Em Brasília participei de algumas instituições espiritualistas não religiosas. La iniciei-me na maçonaria onde interessei-me pela visão espiritualista mais do que pela ritualística.
Em Mato Grosso desde 1976, envolvi-me com movimentos de natureza espiritualista por longos anos. Cito um deles: Sociedade Brasileira de Eubiose. Estive ligado ao movimento espiritualista na Serra do Roncador, no Vale do Araguaia. Hoje, cada vez mais ranzinza contra os dogmas, acabei me encaminhando pra um conceito muito pregado na maçonaria, que é o de livre pensador. Por isso não me detenho em religiões formais, em partidos políticos, em políticos, ou noutros movimentos pregadores de verdades.
Penso que numa altura da vida, os conceitos acabam não atendendo às expectativas formais. Disse isso tudo pra começar o tema deste artigo.
Peço a permissão dos leitores pra falar dessa temática de origem espiritualista vinda de várias fontes totalmente confiáveis. Desde a metade do ano passado, quando a covid 19 já era uma realidade inevitável, começou-se a discutir a saída dela dentro do conceito do “novo normal”. Seria a continuidade do mundo e das nossas vidas, do novo jeito de viver e de se comportar, quando a pandemia passasse. Essas fontes e algumas percepções científicas europeias já admitem que os meses de maio, junho e julho serão cruciais em todo o ambiente sanitário, político, econômico e humano.
Já os meses de agosto e setembro indicam o fim do ciclo da pandemia e o início do ciclo de renovação para o “novo normal”. Este será introduzido efetivamente já no ano de 2022. Terão sido construídas todas as grandes transformações que encerarão o ciclo da atual normalidade que foi construída ao longo da História. Todas as religiões formais e mais as espiritualistas admitem com nomes diferentes o que a Bíblia chama de apocalipse. Variam os nomes e as formas, mas todos aceitam o surgimento de um mundo novo. Será o mundo do “novo normal”. Não será exatamente a destruição do planeta como já se chegou a supor.
Essas mesmas teses espiritualistas pregam uma percepção ambiental muito forte no planeta, associada com a correção do universo de desigualdades sociais no mundo. Do mesmo modo, além de dar um respiro ambiental ao planeta exaurido por exploração intensiva, também trazer o humanismo de volta. Um delicado contraponto entre os humanos e as máquinas trazidas pela tecnologia. Um pouco de volta às origens e às mãos humanas como “fazedoras” de coisas.
A cara do “novo normal” ainda não está desenhada. Ela virá do campo de transformações que está ocorrendo e que deverá se intensificar nesses meses daqui até setembro.
Encero essa abordagem inicial. Mas poderia avançar caso seja do interesse dos leitores. Como disse no início, acho o tema perigosamente provocativo…!
Onofre Ribeiro é jornalista em Mato Grosso