O MT Econômico traz hoje um artigo sobre inteligência emocional no trabalho de Susanne Andrade, especialista em desenvolvimento humano e autora do best-seller "O poder da simplicidade do mundo ágil".
Na era da inteligência artificial, desenvolver o aspecto emocional pode ser um fator decisivo na carreira de muitos profissionais. As máquinas já dão conta hoje e assumirão cada vez mais os afazeres técnicos, repetitivos e automáticos. Cabe ao colaborador focar no que é "ser" humano no mundo do trabalho.
Hoje, para garantir um espaço no mercado, não basta acumular experiências e qualificações profissionais, cursos especializados, MBAs e proficiência em idiomas, pois o ambiente laboral traz um desafio ainda maior: lidar com gente.
O ambiente corporativo agrupa pessoas cada vez mais diferentes umas das outras. São indivíduos com pensamentos, costumes e posturas distintas que convivem entre si diariamente num ambiente de trabalho, sem contar com os costumeiros obstáculos no cotidiano, como metas a cumprir e prazos apertados.
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A inteligência emocional é uma habilidade essencial para ajudar a se destacar frente aos desafios que o mercado de trabalho pode proporcionar. Susanne aponta 3 fatores que fazem desta soft skills uma das mais valorizadas entre os empregadores.
1 – Equilíbrio
Habilidades emocionais são reconhecidas apenas em momentos específicos de estresse, passíveis de acontecer com muita frequência dependendo da área de atuação do profissional, principalmente quando são observados e avaliados diariamente. Susanne destaca que, nestes momentos, os profissionais tendem a entrar em conflito justamente por não saberem como lidar em determinada situação e o pensamento racional acaba ficando de lado.
A especialista explica que isso acontece porque o lado emocional do cérebro funciona mais rapidamente do que o lado racional. "É preciso manter o equilíbrio para lidar com os sentimentos de maneira positiva, pois é o que vai definir as atitudes e os resultados alcançados", sugere.
2 – Autoconhecimento
A inteligência emocional é a capacidade de reconhecer e avaliar seus próprios sentimentos e os dos outros, assim como a capacidade de lidar com eles. Mais do que nunca, numa sociedade onde o empoderamento das pessoas é cada vez mais premente, esse tipo de habilidade torna-se uma importante soft skill desse novo mundo, já que a máquina já desempenha muitas atividades.
"O diferencial está justamente no profissional desenvolver a capacidade de conseguir lidar com as emoções causadas por questões externas, além de aprender a compreender os sentimentos e comportamentos do outro", destaca a especialista.
3 – Protagonismo
A inteligência emocional é desenvolvida à proporção em que se assume o protagonismo das ações, sejam elas profissionais ou pessoais. Para alcançar esse tipo de importância, é preciso interiorizar o que Daniel Goleman, jornalista científico especializado nessa área, elencou como os cinco pilares da inteligência emocional: conhecer as próprias emoções; controlá-las; desenvolver a automotivação; ter empatia e se colocar no lugar do outro; e saber se relacionar interpessoalmente.
"Ao desenvolver cada uma dessas recomendações, os resultados positivos começam a aparecer e a vida profissional passa a fluir com mais tranquilidade", completa Susanne.
Sobre Susanne Andrade:
É autora dos best-sellers "O Poder da Simplicidade no Mundo Ágil", "O Segredo do Sucesso é Ser Humano", e do livro digital "A Magia da Simplicidade". É coach, palestrante e professora de cursos de MBA pela FIAP em disciplinas sobre carreira, coaching, liderança e gestão da mudança para a transformação digital. É Head de Soft Skills na NL Pro, e sócia-diretora da A&B Consultoria e Desenvolvimento Humano, empresa que criou o "Modelo Ágil Comportamental". Também atua como voluntária no Grathi e é colunista no portal IT Forum 365, na coluna Desenvolvimento Humano 4.0.