Queiramos ou não o mundo pós-pandemia vai resultar absolutamente conectado com a tecnologia. No primeiro momento, com as inovações da internet e das redes de comunicação pessoal. O momento agora é da comunicação interpessoal. Depois as inovações vão se desdobrar a partir daí pra outros sistemas. Para os mais desatentos, vale lembrar que até 40 dias atrás a expressão live não existia. Surgiram vários programas que permitem a comunicação à distância. Será a tônica futura.
Nos meses próximos, em virtude da consolidação crescente do home office, e dos outros sistemas de delivery do comércio, somados com os sistemas de tecnologias do comércio de varejo, a tecnologia vai dar saltos em novo ambiente de comportamentos e de negócios.
Em curtíssimo prazo, estaremos vivendo em outro mundo de informações e de comunicação baseado em redes de tecnologia. Se hoje achamos o whatsapp inteligente e importante, ele será simplório no futuro imediato, na medida em que as pessoas circularão menos, trabalharão à distância e consumirão à distância. As grandes redes de magazines do varejo estão trabalhando em hiperportais interativos e bancos virtuais integrados pra centralizar o consumidor num ponto só e fidelizá-lo. O Magazine Luiza está adiantado nessa linha tecnológica. É a tendência.
Imaginemos o antigo balcão do armazém da esquina. Hoje tudo será integrado numa rede virtual de compra, de pagamento e de entrega toda virtual. Não há outro caminho que não seja nessa direção.
De outro lado, os sistemas de produção já não precisarão da “mão-de-obra” humana pra fazer as máquinas produzirem. Da mesma forma o segmento seguinte de logística, de venda, de entrega e pagamento será inteiramente coordenado pela inteligência artificial e realizado pela robótica.
A partir daí é possível imaginar os demais setores de indústria, comércio e serviços também debaixo do guarda-chuvas das novas ferramentas tecnológicas. De novo cabe a pergunta sobre que papel terá o ser humano nessa engrenagem do futuro?
Li dia desses que com a internet 5G que deve chegar ao Brasil ainda neste ano, uma cirurgia poderá ser feita por um médico alemão num hospital de Cuiabá por sistemas de laparoscopia ou outro instrumento de larga escala. Reduz-se o custo da medicina e torna a atividade muito seletiva. O mesmo se dará com as universidades e todas as cadeias da educação. Tudo à distância. E cada vez mais interativo pelas ferramentas citadas no começo do artigo.
Isso deveria acontecer ao longo do tempo. Mas a crise mundial provocada pelos desdobramentos do corona vírus aceleraram o andamento de tudo. Pra quem gosta de temas espiritualistas, sabe que tudo isso está dentro de uma ordem que já caminhava, e agora apenas acelerou pra concluir logo o processo. O futuro está em aberto…!
Onofre Ribeiro é jornalista em Mato Grosso