Quando pensamos sobre pandemias devemos antes lembrar quantas foram e o que foi que causaram ao mundo. Entre muitas as mais expressivas, quando se trata de impacto sobre a humanidade, podemos fazer uma lista, entre elas, se formos pensar nos últimos 120 anos, listamos a primeira, denominada “Gripe Russa”, causada pelo vírus H2N2, que ceifou a vida de 1,5 milhão de pessoas, entre os anos de 1889-1890. Num prazo de três meses, se espalhou pelo mundo, nem perdoou o imperador D. Pedro II, que conheceu as agruras dos sintomas do vírus.
Não obstante, sem dúvida a pior de todas epidemias, quando se conta o número de vidas perdidas, com 100 milhões de mortos, foi a “Gripe espanhola”, desta vez, outro vírus, o H1N1, que entre 1918-1919, provou a capacidade do homem a sobreviver épocas de grande dificuldade. Lembre-se, foi nesse período que o mundo acabara de viver a pior e mais cruel guerra mundial de todas e logo depois a maior crise econômica que podemos relatar, a crise de 1929. Podemos achar que parou por aí? Não se engane, entre os anos de 1957 e 1958, deu as caras a tal da “Gripe Asiática”, de novo o vírus H2N2, mais 2 milhões de vidas interrompidas, entre 1957-1958. 10 anos depois a “Gripe de Hong Kong”, novo vírus, o H3N2, matou 3 milhões de seres humanos. E por último, a “Gripe Suína”, mais uma vez o vírus H1N1, matou 17 mil pessoas entre 2009-2010.
De toda essa evidência fatídica, sobra-nos ainda a questão econômica, sempre importante diante das preocupações do mundo capitalista. Antes vemos a situação da saúde pública, a doença se difunde pelo planeta muito rápido e de forma simultânea e como em 2009, quando a gripe suína infectou milhões de pessoas, novamente esse processo deve ocorrer, e a saída é mesmo a prevenção e informação. O que vemos está sendo feito, apesar de nos assustar, já vivemos isso, é terrível, mas se exige serenidade, cooperação e coordenação de ações entre as nações em criar mecanismos de luta contra a proliferação do contágio e controle da doença até seu fim, que sabemos é certo.
Não é uma questão de minimizar o problema e sim racionalizar sua evidência, por fim já são mais de 120 mil pessoas infectadas pelo covid-19, e 118 países do mundo envolvidos.
E o mercado? As empresas, os empregos, a indústria, o comércio e o serviço? Ainda é muito recente para uma análise definitiva, porém sabemos, toda crise gera novas perspectiva. O conflito seja ele humano e ou do sistema materialista, contribui para a transformação, tanto da sociedade, no que tange ao sentido do social, como na mudança das prerrogativas do capitalismo.
Sem dúvida o mundo digital acaba por levar vantagem neste aspecto, a ideia de perigo pelo contato físico, favorece a construção das comunicações digitais. A 4ª Revolução Industrial é uma onda sem volta, porém a colaboração, se for possível usar esse termo de forma positiva, das epidemias que ocorrem na história, sempre mudam a reescreve, por isso a história nem sempre serve como referência para se conservar o presente, tanto para o desenvolvimento da tecnologia e da própria cultura.
Todo esse cenário viabiliza a conexão de fato, aqueles sujeitos que eram, ainda, resistentes a forma de se comunicar via rede, agora vão por força da segurança pessoal, rever essa posição. E sem dúvida todo sistema está apropriado para esse modelo de viver. Se relacionar, namorar, comprar e vender, seja qual for a forma de relação, se estabelecerá pela rede e pela grande conexão que hoje estão sendo oportunizadas. Preparemo-nos, vamos transitar pela rede. Ao comércio se impõe o modelo on-line e off-line, comprar será, na sua maioria, sempre pela rede. Buscar o produto, seja ele serviço e ou um objeto, nas lojas físicas ou dependendo do seu tipo, o consumidor irá recebê-lo em casa. Não podemos nos enganar, os automóveis estão nesta lista. Não espere demais, logo veremos essa realidade.
Ricardo J. J. Laub Jr.
Historiador e Empreendedor graduado no Curso de Licenciatura Plena em História na UFMT- Universidade Federal de Mato Grosso e em EMPREENDEDORISMO (2005) pelas Faculdades ICE. Com Mestrado em História Contemporânea pela UFMT/PPGHIS. MBA – Master in Business Administration em Gestão de Pessoas, MBA – Master in Business Administration em Gestão Empresarial e MBA – Master in Business Administration em Gestão de Marketing e Negócios. Professor na faculdade, Estácio de Sá – MT, Invest – Instituto de educação superior. Presidente da AGENCIAUTO/MT- Associação do Revendedores de Veículos do Estado de Mato Grosso, com larga experiência profissional na elaboração de planos de negócio voltados para o ramo automobilístico, gerenciamento comercial, administrativo, controle de estoque, avaliação de veículos, processos operacionais e estratégicos para empresas do setor automotivo e gestão de pessoas no âmbito organizacional.