O estado de Mato Grosso teve saldo positivo nas contratações conforme o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) fechando o mês de julho como o segundo maior estado que mais contratou perdendo só para São Paulo.
Foram criados 8.085 postos com carteira assinada. No ranking ficou assim: São Paulo com saldo mensal de 21.805, Mato Grosso, 8.085, Goiás, 4.745, Amazonas, 1.888 e Ceará, 1.871.
Com isso MT passa a ter saldo positivo de contratações por 4 meses seguidos. Um avanço de mais de 300% em relação ao mesmo mês de 2016. Julho superou os primeiros 7 meses onde o saldo foi de 7.967.
Áreas que mais contrataram
O campo foi o que mais contratou com 3.211 novas vagas, depois a indústria com 2.298, serviços com 1.188, construção civil com 893 e o comércio com 538 novas vagas.
No geral, o país teve crescimento do número de empregos pelo quarto mês consecutivo, com a abertura de 35,9 mil novas vagas formais, resultantes de 1.167.770 admissões e 1.131.870 desligamentos.
No acumulado do ano, os números apontam a criação de 103.258 postos de trabalho. “O conjunto da economia dá sinais de recuperação”, comentou o ministro Ronaldo Nogueira, prevendo que mês que vem os números podem ser ainda melhores.
Segundo Ronaldo Nogueira, o resultado do Caged em julho foi influenciado pela volta do poder de compra da população. Ele destacou os números positivos da Indústria da Transformação, que “decolou” com a abertura de 12.594 vagas, e a Construção Civil, que voltou a gerar empregos (+724 vagas) depois de 33 meses de saldo negativo. “O último dado positivo da Construção Civil havia sido em setembro de 2014. Os números de julho ainda são pequenos, mas depois de 33 meses negativos, é um dado animador”, observou.
Na avaliação de Ronaldo Nogueira, o saldo positivo já reflete de maneira mais consistente medidas como a liberação das contas inativas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), à medida que parte desses recursos foi usada para saldar dívidas. “Quem pagou as dívidas tem a possibilidade de obter novo crédito. Isso acaba gerando mais compras e, consequentemente, a abertura de novas vagas”, analisou.
A expectativa é de que os números continuem positivos no restante do ano, pelo menos até novembro, com a possibilidade de um ajuste no mês de dezembro. Mesmo considerando que “ainda há muito a recuperar”, Ronaldo Nogueira acredita que a tendência de crescimento e retomada do emprego está consolidada.