O Governo do Estado já começa a contabilizar os prejuízos com a greve dos caminhoneiros. A estimativa é de que se perdeu de arrecadar cerca de R$ 7 milhões por dia do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).
Segundo o secretário de Fazenda, Rogério Gallo, a tributação do ICMS depende da entrada de mercadorias o que foi prejudicada pela greve e pelos pontos de bloqueio nas rodovias.
Além de deixar de arrecadar ainda houve o desabastecimento do comércio como um todo. “Na medida em que entra mercadorias, você tem a tributação aplicada pela alíquota de determinado setor da economia mato-grossense. Então, se não está entrando, se está tudo paralisado, nós no final do mês vamos sentir os efeitos dessa paralisação com algo em torno de R$ 7 a R$ 8 milhões por dia de paralisação”, disse.
Os recursos não arrecadados, segundo Gallo, são significativos para o Estado e podem impactar o custeio da máquina pública, de modo que é necessário o encerramento da greve o quanto antes, para que as perdas sejam diluídas. “Se nós considerarmos R$ 7 milhões por dia, em 10 dias serão R$ 70 milhões. O nosso custeio da máquina do poder Executivo gira em torno de R$ 120 milhões ao mês. Isso seria 70% do custeio que gastamos com a máquina pública”, afirmou.
Ainda não há previsão para que a greve se encerre apesar de o presidente da República, Michel Temer, ter anunciado medidas a fim de atender a reivindicação da categoria e cessar as mobilizações. Entre as medidas estão a redução temporária de R$ 0,46 no litro do diesel durante 60 dias, ajustes no combustível feito a cada 30 dias, bem como a isenção de pagamento de pedágio para eixos suspensos de caminhões vazios.
Gallo diz que os reflexos do movimento de paralisação preocupa e muito o governo pelo modelo de tributação do Estado.
Apesar da queda da arrecadação, o secretário preferiu não falar se o fato poderá afetar o pagamento de salário dos servidores. "Não sei se vai repercutir já para esse momento agora. Espero que não repercuta e que tenhamos normalidade no pagamento da folha. Mas para o mês que vem vamos sentir o reflexo da arrecadação", encerrou.