Embora os índices de confiança empresarial e de consumo das famílias de Mato Grosso melhoraram nas últimas pesquisas, foi gerada uma dúvida aos comerciantes de Cuiabá essa semana.
O aquecimento da economia, pelo menos de Cuiabá, ficou comprometido, diante da dúvida do recebimento do 13º salário do funcionalismo público estadual.
Em Cuiabá, grande parte do comércio gira em torno dos recursos oriundos dos servidores públicos estaduais.
De acordo com balanço divulgado pelo governo de Mato Grosso essa semana, o Mutirão Fiscal teve uma arrecadação abaixo do esperado e pode comprometer o pagamento do décimo terceiro aos servidores, pois frustou a arrecadação e deve impactar no caixa do Estado neste final do ano.
Segundo dados oficiais, o valor arrecadado pelo Estado deveria ter sido de R$ 150 milhões, com o pagamento da primeira parcela ou quitação do valor à vista, e ficou em R$ 59,82 milhões.
Apesar do Mutirão Fiscal Fecha Acordo ter encerrado na última sexta-feira (29.11), na Arena Pantanal, o Estado ainda continuará dando descontos, de até 75%, em juros e multas, até o dia 30 de dezembro, com o objetivo de melhorar a receita e fechar o ano com as contas equilibradas
Apesar do imprevisto no estado, projeção é positiva
O consumo das famílias ganhou fôlego no terceiro trimestre e embora exista essa dúvida no ar em Mato Grosso, em relação ao recebimento do décimo terceiro salário dos servidores estaduais, o quarto trimestre deve girar a economia, pois as previsões para o Natal são positivas. A Black Friday também ajudou o comércio de Cuiabá e das cidades do interior no último mês de novembro.
A economia em geral vem registrando números positivos, pois o governo federal tomou medidas no decorrer do ano para sinalizar a boa projeção econômica do país, conforme publicado anteriormente pelo MT Econômico neste link.
Brasil
A projeção para o final do ano é que a economia brasileira encerre com crescimento próximo a 1% no Produto Interno Bruto (PIB).
De acordo com estimativa do Instituto Brasileiro de Economia (IBRE), o PIB brasileiro deve crescer 1,1% em 2019 e 2% em 2020. Os números são baseados na pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgada ontem (3).
A expectativa converge com o resultado do PIB acumulado entre janeiro e setembro deste ano frente a igual período de 2018 e a soma dos últimos quatro trimestres, que apresenta expansão de 1% nas duas variáveis.
A incerteza sobre as reformas estruturais no início do ano pesou para que a recuperação econômica evoluísse de forma lenta e gradual em 2019.
A tendência é que com a reforma tributária prevista para 2020 o resultado melhore em relação à eficiência tributária, administrativa e a economia em geral.
A liberação dos saques de contas do FGTS e o pagamento do 13º salário aos trabalhadores tendem a dar fôlego ao comércio e deve repercutir também, no desempenho do setor de serviços, responsável por mais de 60% do PIB nacional.