O município de Confresa é um dos castigados pela seca em Mato Grosso e pode decretar situação de emergência.
Confresa está com dificuldades para manter, de forma regular, o abastecimento de água para os moradores, além de enfrentarem problemas nas lavouras que tiveram a produtividade reduzida.
Caso o pedido de socorro seja efetivado, Mato Grosso chegará a 21 municípios em situação de emergência decretada pela falta de chuva este ano. Atualmente, são 19 nesta condição. “Do início do ano até agora já foram solicitadas visitas técnicas da Defesa Civil em 30 municípios. Oficialmente, Porto Alegre do Norte e Confresa não solicitaram nosso apoio”, destaca o secretário adjunto da Defesa Civil, tenente-coronel BM, Abadio da Cunha.
Em Confresa, o prefeito Gaspar Domingos Lazari diz que este ano é registrada a pior estiagem dos últimos tempos na região. No município, o abastecimento de água é feito pelos rios Cacau, Belo Horizonte, Sabino e Catingudo, que estão com o nível muito abaixo do esperado para o período, por isso o Executivo Municipal avalia publicar um decreto de calamidade pública.
O período tradicionalmente de estiagem em Mato Grosso se estende até outubro e acende um sinal de alerta nos municípios. A região do Araguaia tem sido a mais afetada pelo problema no Estado. Além disso, a falta de água impactou ainda no abastecimento da população em algumas cidades e os rios estão com nível abaixo do aceitável. “O Araguaia tem sido o nosso sertão”, avalia o secretário adjunto da Defesa Civil.
Cunha reforça que os efeitos climáticos são inesperados e trazem consequências drásticas, mas que a população deve se preocupar com o racionamento da água e a conscientização ambiental em períodos de chuva. Preservar leitos dos rios, evitar queimadas e o desperdício da água são alguns conselhos do secretário adjunto. “Os municípios que estiverem enfrentando problemas devem acionar os técnicos da Defesa Civil que farão uma visita às localidades para confirmar in loco a situação e auxiliar nas documentações. Com esta etapa concluída, a prefeitura do município emite o decreto e o Estado realiza a homologação. Assim, os municípios podem pedir ajuda financeira ou humanitária tanto ao Estado como ao Governo Federal”, explica.
O Estado continua monitorando as documentações dos municípios que solicitarem apoio da Defesa Civil para que a situação seja minimizada o quanto antes.No início da semana o próprio Estado de Mato Grosso divulgou que avalia a possibilidade de decretar estado de calamidade diante da grave crise econômica que atinge 14 estados. A medida foi pensada depois que o Estado do Rio de Janeiro recebeu do governo federal uma ajuda emergencial de R$ 2,9 bilhões. Os governadores do Norte, Nordeste e Centro-Oeste esperam que a Federação também ajude os outros estados a fecharem as contas.