A secretária Elizeth Araújo apresentou o relatório detalhado do 1º quadrimestre deste ano, na manhã desta sexta-feira (02), na Câmara dos Vereadores. O balanço das ações revela dados financeiros e orçamentários, indicadores e produção na rede de assistência própria, contratada e conveniada.
O vereador Dr. Xavier (PTC), que presidiu a sessão, destacou que, apesar dos atrasos nos repasses do Estado para os municípios, Cuiabá está conseguindo segurar as pontas. “Saúde não se faz sem recurso. O que acontece no interior do Estado reflete diretamente aqui. E, mesmo assim, notamos que o número de atendimentos tem aumentado na Capital. Se nada for feito, vai chegar uma hora que a saúde vai parar e é nosso papel, enquanto parlamentares, cobrar”, pontuou.
O documento apresentado aos parlamentares revela uma estrutura de 172 unidades físicas para o atendimento ao usuário do Sistema Único de Saúde (SUS). Deste total, 80% são geridos exclusivamente pelo Município, 14% pelo Estado e 6% por conjuntamente. “A crise econômica é um dos fatores que refletem diretamente na rede pública de saúde, já que muitas pessoas têm cancelado os planos privados e evitado pagar por consultas particulares”, analisou Araújo.
Para se ter uma idéia, o volume da produção ambulatorial no primeiro quadrimestre deste ano foi de 3.083.030 procedimentos, levando-se em consideração todas as áreas de atuação, ao custo de R$ 20,8 milhões. Deste total, 42% dos atendimentos são da atenção básica, 56% da secundária e 2% da terciária, também conhecida como alta complexidade.
Nos primeiros quatro meses do ano, foram registradas 94.661 solicitações de consultas médicas na Central de Regulação. Deste total, 50.466 foram agendadas, restando uma demanda reprimida de 44.195. Contudo, apenas 19.114 foram realizadas, 30.431 pacientes faltaram às consultas e 2.012 cancelaram.
No mesmo período, foram solicitados 151.539 exames na Central de Regulação. Deste total, 36.691 foram agendados, restando uma demanda reprimida de 114.848. Já as Unidades de Pronto Atendimento (UPA) Sul e Norte e as quatro policlínicas realizaram, juntas, 1.459.821 atendimentos.
A secretária também apresentou o planejamento de execução das obras. Existem três construções em andamento e nove em fase de processo licitatório. Sobre reformas, cinco estão em andamento, uma em processo de licitação e 17 sendo executadas diretamente pela pasta. Duas obras de ampliação estão em andamento, três em fase de licitação e 12 sendo realizadas pelo próprio Município.
“Temos conhecimento de que a dívida do Estado com o Município é de aproximadamente R$ 30 milhões, somente para a saúde. Nós vamos cobrar isso do governador, pois tem trazido prejuízos para Cuiabá. Parabenizo a senhora [secretária] pelas apostas que tem feito. Acho que o gestor tem que confiar naquilo que faz, tem que ter coragem para assumir riscos. E percebemos melhorias dos indicadores, ampliando atendimentos num momento de crise”, concluiu o vereador, Gilberto Figueiredo (PSB).