O PSD começou a se esvaziar com a posição de independência do vice-governador Carlos Fávaro que é presidente do partido e tem a intenção de concorrer ao Senado nas eleições de 2018. Ontem (4) o partido teve a baixa dos deputados estaduais Wagner Ramos, Pedro Satelite, Gilmar Fabris e Nininho que anunciaram em reunião com Fávaro que estão deixando o partido para ficar na base do governo, apoiando Pedro Taques do PSDB. Eles podem migrar para outro partido até o dia 7 de abril com a janela partidária. Estão contando com o PSB e o SD.
E a situação está ainda mais complicada com o projeto de lei que visa criar um rito para a sucessão da cadeira de governador. O projeto prevê que o governador seja obrigado a comunicar formalmente, com 48 horas de antecedência, o vice-governador e o Poder Legislativo quando for se ausentar de Mato Grosso.
Só que o líder do governo na Assembleia Legislativa, deputado estadual Leonardo Albuquerque (PSD), pediu vistas da mensagem que deixou Fávaro insatisfeito. É que conforme a legislação vigente, aquele que, assumir o cargo de governador no período de seis meses antes da eleição, não pode concorrer a outros cargos no pleito do mesmo ano o que inviabilizaria a candidatura de Fávaro ao Senado. Então já cogita renunciar ao cargo de vice-governador.
Com isso, lideranças partidárias apresentaram outro projeto que tem o intuito de derrubar este impedimento, obrigando o governador a informar sobre a sua ausência 48 horas antes. Assim evita a transmissão automática do governo ao vice-governador ou ao presidente da Assembleia Legislativa de fora do pleito de 2018.