O governo federal vai tentar estimular a economia para o final do ano na tentativa de minimizar os desgastes ocorridos com a reforma da previdência.
Alguns movimentos no mercado já foram percebidos no segundo semestre como a "Semana do Brasil", ocorrida em setembro, a liberação do saque do FGTS entre outras medidas.
A percepção de que a economia está melhorando faz a população adquirir produtos e tomar crédito no mercado girando a economia. "O otimismo estimula o consumo, é o que temos visto ultimamente", na opinião do MT Econômico.
Em breve deve sair a pesquisa de avaliação presidencial. Os estímulos nos últimos meses, estrategicamente pensados pela equipe de Bolsonaro, devem repercutir na boa avaliação do atual governo à frente do país.
Até o final deste ano, o governo acredita ser possível injetar mais de R$ 20 bilhões na economia. Parte desses recursos deve ser oriunda dos saques de contas ativas e inativas do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), que já movimentou R$ 15,6 bilhões desde julho.
Caso Bolsonaro sancione a alteração promovida pelo Congresso Nacional na medida provisória que permitiu os pagamentos, para que o valor do saque suba de R$ 500 para R$ 998, outros R$ 23 bilhões serão disponibilizados no mercado, movimentando o comércio e o setor de serviços.
Além disso, neste mês os beneficiários do programa social Bolsa Família devem receber o décimo terceiro. Os 13,5 milhões de beneficiários terão R$ 2,58 bilhões para movimentar o comércio também.
A restituição do imposto de renda também deve ajudar a economia. No próximo dia 16 de dezembro deve ser liberado o sétimo lote, um montante de R$ 3 bilhões nesta etapa. No decorrer do ano já foram liberados R$ 17 bilhões do IRPF aos contribuintes.
Efeitos da melhora da economia
A melhora na economia repercute no Congresso Nacional, com menos pressão sobre o governo que vem de um desgaste na aprovação da reforma da previdência, onde não gerou resultados no curto prazo, conforme já era previsto por especialistas. "Por outro lado, a população precisa sentir uma melhora na condição de vida", avalia o MT Econômico.
Em relação ao setor industrial de Mato Grosso e do país em geral, o índice de confiança apresentou sinais de melhora nas últimas pesquisas, mas os empresários industriais ainda aguardam uma retomada mais consistente na economia para a geração de novas vagas de trabalho em 2020. Virá um grande desafio pela frente, que é a reforma tributária.