O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes, defendeu ontem (3), durante audiência pública sobre o projeto na Comissão de Meio Ambiente do Senado, a estadualização do Parque Nacional de Chapada dos Guimarães.
O parque, que é federal, tem projeto de lei que sua estadualização de autoria da senadora Margareth Buzetti, está sob a relatoria do senador Mauro Carvalho, ambos de Mato Grosso. “Não é aceitável submeter o trabalhador a pagar R$ 100 de taxa de entrada no parque”.
“O edital de concessão do ICMBio prevê uma cobrança gradual que pode chegar a R$ 100 por pessoa em até cinco anos. Temos milhares de pessoas que, dessa forma, jamais vão poder acessar o parque”, reforçou o governador.
Para Mauro Mendes, é “totalmente desproporcional” conceder o parque à iniciativa privada, com investimentos previstos de R$ 18 milhões em 30 anos, e ainda cobrando do cidadão, enquanto o governo de Mato Grosso propõe investir R$ 200 milhões em quatro anos, e sem cobrar nada dos visitantes.
“Queremos fazer investimento público para que ninguém precise pagar. Não vamos aceitar que as pessoas mais simples, as pessoas que são assalariadas, que não têm condição, sejam privadas de acessar as belezas, os potenciais, e precisem pagar R$ 100 para acessar o parque”, pontuou.
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A autora do projeto, Margareth Buzetti, destacou que o principal objetivo do projeto é desenvolver o turismo em Mato Grosso. “O parque é um patrimônio da Baixada Cuiabana e de todos os mato-grossenses. Temos um Estado que é líder em gestão fiscal e tem todas as condições para investir, para o interesse público, ao contrário da iniciativa privada, que visa o lucro”, explicou.
Relator da matéria, o senador Mauro Carvalho, apresentou os investimentos que o estado de Mato Grosso pretende fazer na região, caso o parque seja estadualizado. Entre eles, estão a estruturação do Centro Geodésico, o acesso à Cidade de Pedra com implantação de mirante, acesso, trilhas e segurança no Morro de São Jerônimo, passarela de vidro no Portão do Inferno, implantação de elevador e acesso ao Véu de Noiva, sinalização de trilhas e outras ações. “Hoje, Cuiabá é uma cidade ‘dormitório’ e de serviço. Queremos criar opções para desenvolver o turismo, porque a indústria do turismo é a maior indústria limpa do mundo”, registrou.
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