A Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer) apresentou para agricultores familiares da Gleba Triângulo, localizada no município de Tangará da Serra, uma Demonstração de Métodos (DM) sobre prática sustentável de cultivo de hortaliças e frutíferas.
O objetivo da DM foi mostrar como preparar defensivos sem a utilização de agrotóxicos para combater doenças e pragas com produtos que não contaminam a planta, o homem e o meio ambiente. O evento contou com a participação de 20 produtores e foi realizado na propriedade do agricultor Luiz Carlos Pinto.
Com a finalidade de produzir alimentos mais saudáveis, o extensionista rural da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), Leonardo Diogo Ehle Dias, debateu o manejo de cultivo para evitar o empobrecimento químico do solo com possíveis erosões. E também manejo eficiente de plantas daninhas, pragas e doenças, controlando apenas as espécies que causam dano econômico a cultura explorada, reduzindo o custo de produção e a contaminação do meio ambiente.
Conforme Leonardo, como medida preventiva para diminuir a ocorrência de uma doença chamada Gomose, causada por um fungo de solo muito comum na região, que ataca os pomares de limão e laranja, foi sugerida a aplicação da pasta e calda Bordalesa. Um preparado com sulfato de cobre, cal virgem e água na formulação. O sulfato de cobre possui ação de fungicida preventivo a doenças causadas por fungos de solo e da parte aérea. A cal virgem tem a função de equilibrar o pH (potencial de Hidrogênio) da solução, para não causar danos as plantas e melhorar a eficiência do produto. O principal uso da pasta Bordalesa é no pomar de limão Taiti e da calda, na aplicação foliar para hortaliças.
Os agricultores também aprenderam na prática o processo de montagem de uma compostagem para transformação de resíduos vegetais em adubo orgânico. Com restos de folhas, gramas e esterco de animais, foi feito um produto para ser utilizado na aplicação de hortaliças. Esses chamados insumos alternativos e naturais têm baixo impacto ambiental. Sua ação benéfica não favorece o surgimento de patógenos resistentes, possui baixa toxicidade aos inimigos naturais e mínimo efeito sobre o ambiente e o homem.
Os agricultores aprenderam técnicas de adubação orgânica e controle alternativo de doenças. “Estamos mostrando que com técnicas agroecológicas é possível produzir alimentos de qualidade. E caso seja necessário a aplicação de fungicida na lavoura o ideal é reduzir ao máximo a aplicação e garantir um produto saudável”, enfatiza Dias.
Durante a Demonstração de Métodos a representante da Vigilância Sanitária, Luciana dos Santos Ladeia, esclareceu sobre a segurança alimentar com a produção de alimentos saudáveis e sem agrotóxico.