O Comitê de Política Monetária (Copom) reúne-se amanhã (19), em Brasília, para discutir a taxa Selic. O anúncio da mudança ou não deve ser feito na quarta-feira (20), após a segunda parte da reunião.
As instituições financeiras consultadas pelo Banco Central (BC) esperam a manutenção da taxa básica de juros, a Selic, em 6,50% conforme o Boletim Focus, pesquisa divulgada na internet todas as semanas pelo BC.
Em maio, após um ciclo de 12 quedas consecutivas, o Copom decidiu manter a Selic no atual patamar, o menor nível histórico. Para 2019, as intuições financeiras esperam aumento da Selic, encerrando o período em 8% ao ano.
Quando o Copom aumenta a Selic, a meta é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.
Quando o Copom diminui os juros básicos, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação.
Entretanto, as taxas de juros não caem na mesma proporção da Selic.
A manutenção da Selic, como prevê o mercado financeiro, indica que o Copom considera as alterações anteriores suficientes para chegar à meta de inflação, objetivo que deve ser perseguido pelo BC.
Meta de inflação
A meta de inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), é 4,5%, com limite inferior de 3% e superior de 6%, neste ano. Para 2019, a meta é 4,25%, com intervalo de tolerância entre 2,75% e 5,75%.