Dados da Secretaria de Fazenda do Estado mostram que Mato Grosso arrecadou em janeiro, até segunda-feira (28), o montante de R$ 1,029 bilhão.
O montante, segundo o governador Mauro Mendes (DEM), não é suficiente para honrar com os compromissos do mês, tendo em vista que o décimo terceiro dos aniversariantes de novembro e dezembro, assim como dos comissionados, não foi quitado pela gestão anterior.
Além disso, o recurso deixado em caixa não cobre a folha de pagamento do mês de dezembro, que também ficou pendente de pagamento.
O não repasse de R$ 450 milhões referente ao Fundo de Auxílio Financeiro de Fomento a Exportação (FEX) ainda agravou a situação financeira do Estado, fazendo com que Mendes escalonasse o pagamento dos servidores.
Até o dia 28, o Executivo pagou apenas os servidores que receberam líquido a quantia de até R$ 6 mil, totalizando R$ 420 milhões.
O valor disponível na conta única de R$ 107,4 milhões foi utilizado para o pagamento, nesta quarta-feira (30), dos servidores públicos que recebem acima de R$ 6 mil, quitando assim a folha de pagamento de dezembro.
Além disso, o Governo ainda repassou aos Poderes o montante de R$ 199,9 milhões referente ao duodécimo, transferiu aos municípios o repasse do Fundeb no valor de R$ 395,6 e as vinculações obrigatórias, repassou à Saúde (Feef) a quantia de R$ 9,5 milhões, e ainda pagou o valor de R$ 53,2 milhões referente ao custeio da máquina pública.
Com o pagamento de juros, encargos da dívida e amortizações, foi desembolsado a quantia de R$ 26 milhões, além do bloqueio judicial de R$ 6 milhões.
Os impostos de maior peso no Estado, que compõe a receita e que fazem parte dessa contabilidade são referentes ao ICMS, ITCMD, IPVA e Fethab. Mesmo nesses impostos, o Estado ainda repassa a parte devida aos municípios.
O valor previsto para ser arrecadado em 2019, contido no projeto de Lei Orçamentária Anual (LOA), que está na Assembleia Legislativa, é de R$ 19,2 bilhões, com despesas de R$ 20,9 bilhões. O que demonstra um déficit orçamentário de R$ 1,6 bilhão.