Uma portaria do ministério, a ser publicada nesta sexta-feira (29), reduz o teto dos juros em operações de crédito aos servidores de 2,20% ao mês para a taxa de 2,05% ao mês. Em termos anualizados, a redução é de 29,8% ao ano para 27,6% ao ano. "Este é o segundo corte a ser realizado neste ano", informou o Planejamento. "A nova redução para 2,05% ao mês representa, em termos anualizados, uma queda total de 6,9 pontos porcentuais.
Além disso, o Planejamento informou que o Conselho Nacional de Previdência (CNP) aprovou nesta quinta-feira a redução do teto da taxa de juros nas operações para aposentados e pensionistas. "O teto do empréstimo consignado, que hoje é de 28,9%, cai para 28,0% ao ano, representando uma redução de quase 1 ponto porcentual", informou o Planejamento. "Ao mês, o porcentual do consignado recua de 2,14% para 2,08%."
INCERTEZA
O Indicador de Incerteza da Economia Brasileira (IIE-Br) recuou 10,8 pontos na passagem de agosto para setembro, alcançando 119,3 pontos, informou a Fundação Getúlio Vargas (FGV) ontem. O indicador alcançou o menor nível desde abril de 2017, após três meses consecutivos de quedas.
"O principal destaque nessa queda acentuada do indicador de incerteza é a volta para o nível anterior à divulgação dos áudios da JBS com o Presidente (Michel) Temer. Em relação à elevada média dos últimos três anos, o resultado de setembro parece baixo, contudo, o valor ainda está longe da média histórica de 100 pontos", afirmou o economista Pedro Costa Ferreira, do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.
O IIE-Br passou a integrar o calendário de divulgações de indicadores econômicos do Ibre/FGV no fim de 2016. O índice mensal é composto por três componentes: o IIE-Br Mídia, que faz o mapeamento nos principais jornais da frequência de notícias com menção à incerteza; o IIE-Br Expectativa, que é construído a partir das dispersões das previsões para a taxa de câmbio e para o IPCA; e o IIE-Br Mercado, baseado na volatilidade do mercado financeiro.
Em setembro, o IIE-Br Mídia caiu 7,5 pontos, com impacto de -6,6 pontos para o recuo do índice geral. O IIE-Br Expectativa encolheu em 18,2 pontos, contribuindo com -4,6 pontos para a queda do indicador agregado de incerteza. Já o IIE-Br Mercado aumentou 3,3 pontos, com um impacto positivo de 0,4 ponto no IIE-Br.
"A queda do indicador pode ser explicada por dois fatores: a diminuição das incertezas com relação à condução da política econômica, claramente refletido no IIE-Br Expectativa e, em segundo lugar, o sentimento de que a condução da política econômica não sofrerá grandes desvios no médio prazo, diminuindo o impacto da incerteza política no indicador", completou Ferreira.
A coleta do Indicador de Incerteza da Economia Brasileira é realizada entre o dia 26 do mês anterior ao dia 25 do mês de referência.