“Governo federal tem missão de não atrapalhar quem produz”, afirmou o presidente Jair Bolsonaro, ao citar a facilitação da produção e escoamento de grãos de Mato Grosso. Em entrevista para a Rádio Capital de Cuiabá acompanhada pelo Mato Grosso Econômico, na manhã dessa terça-feira (17), o chefe do Executivo federal falou sobre a construção da Ferrogrão e de outras medidas para facilitar a vida do homem do campo.
Bolsonaro falou sobre o sonho da construção da Ferrogrão, a primeira ferrovia no território mato-grossense, que busca viabilizar o desenvolvimento e a economia de Mato Grosso. Apesar de não ter recursos federais, o presidente cita que o governo criou facilitações para as empresas que estão trabalhando para construir ferrovias pelo país.
“É recurso privado. O governo federal não tem dinheiro para investir nisso, mas estamos estimulando e facilitando as empresas que estão fazendo essas ferrovias no Brasil por meio de concessões. Se formos pra outra área, no modal ferroviário, grande parte da exportação vai mais para o norte e na BR-163, são quilômetros que faltavam ser asfaltados”, explica.
O governo procurou investir em asfaltamento de rodovias, também para ajudar no escoamento de grãos de Mato Grosso.
“O ministro Tarcísio [da Infraestrutura], em sua visão, providenciou recursos para que esses 50 km que faltavam da BR-163, mas que atrasavam uma semana, 10 dias, para transportar o que vocês produziam. Ele asfaltou isso e foi de grande sucesso. Uma pequena obra, de 50 km, mas que trouxe muito alívio e facilidade para que o Centro-Oeste pudesse escoar a sua produção em direção a região Norte”, disse.
Outras medidas também foram tomadas pelo presidente para favorecer o agronegócio e seus produtores. “Não é por acaso que o pessoal do agronegócio é simpático ao nosso governo. Os fazendeiros que estão nos ouvindo agora, eles não acordam mais preocupados em saber se foi publicado no Diário Oficial da União, uma portaria dando a demarcação de uma terra indígena”, cita.
Bolsonaro também explica sobre a desburocratização do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama).
“Na questão das multas, o Ibama chegava e era um festival de multa. Hoje multa é a última instância a ser aplicada por parte do Ibama e a gente vai vendo uma multa racional, não uma multa abusiva como tinha no passado. Essas medidas trazem tranquilidade ao homem do campo”.
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