O livro Geoparque Chapada dos Guimarães – uma viagem pela história do planeta, lançado na semana passada, relata os processos geológicos que formaram as rochas que são vistas nas belas paisagens, compondo os paredões e cachoeiras da região e permanecem preservadas há milhões de anos. A Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema-MT) é apoiadora do projeto.
A obra, dividida em 10 capítulos, divulga estudos realizados por pesquisadores da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), do Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT), e de outras instituições com a história geológica do Parque Nacional a partir da exploração de registros paleontológicos do período Paleozoico e Mesozoico.
O projeto surgiu como uma iniciativa de popularizar o conhecimento produzido por geólogos, geógrafos, turismólogos, entre outros profissionais, levando informação de forma sistematizada para comunidades locais, estudantes, pesquisadores e profissionais para desta forma fomentar o desenvolvimento sustentável por meio do geoturismo e ações pedagógicas.
A Chapada dos Guimarães terá pontos revitalizados para fomentar ainda mais o turismo, conforme noticiado recentemente pelo Mato Grosso Econômico. Este livro é bem oportuno para mostrar a história, a geofísica e o potencial turístico de uma das regiões mais procuradas por turistas do mundo todo.
Geossítios
Um convenio firmado entre Sema, UFMT e Fundação Uniselva deu início ao Projeto Geoparque Chapada dos Guimarães, que consistiu no inventário dos geossítios e especificação da conservação da geodiversidade em locais de alta relevância. Esse projeto está sendo desenvolvido pela Faculdade de Engenharia da UFMT, campus Várzea Grande.
O inventário demonstrou que a área possui geossítios com relevância científica, com elevado potencial para uso turístico ou educacional. “Porém, alguns dos geossítios necessitam de medidas de gestão que possam garantir a sua integridade, uma vez que apresentam risco de degradação. Os critérios relacionados ao potencial de uso educacional e turístico foram mais homogêneos, em geral, com uma nota elevada”, explicou a secretaria adjunta de Licenciamento Ambiental e Recursos Hídricos, Lilian Ferreira.
“O livro é um passeio pelas riquezas da região demonstrando toda a geodiversidade, abordando temáticas geológicas, arqueológicas, flora, fauna, história, gastronomia, pontua Lilian. “servirá como base para o levantamento das potencialidades turísticas da região, e para criação de políticas públicas na área do turismo, unindo conservação e valorização do patrimônio natural da região”.
Publicação
O professor Caiubi Kuhn, um dos organizadores do livro, destacou que o projeto foi desenvolvido por instituições muito importantes para o Estado. “Esse trabalho conjunto entre professores, pesquisadores e estudantes tornou possível o projeto Geoparque”.
A publicação do conteúdo foi viabilizada por meio do apoio da Federação Brasileira de Geólogos (Febrageo), da Associação Profissional dos Geólogos do Estado de Mato Grosso (Agemat) e da Associação de Geólogos de Cuiabá (Geoclube), com patrocínio do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea) e do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea-MT).
Workshop Geoparque Chapada dos Guimarães
O lançamento do livro, que ocorreu na Assembleia Legislativa de Mato Grosso, fez parte do III Workshop Geoparque Chapada dos Guimarães, realizado pela UFMT com objetivo de divulgar a riqueza histórica e ambiental do Parque Nacional de Chapada dos Guimarães, e o potencial turístico da localidade.
Entre os temas abordados nos cursos, minicursos e palestras, estão turismo e natureza, dinossauros no Brasil, geodiversidade e geoturismo no Centro-Oeste e no Parque de Chapada dos Guimarães. Os painéis mostram o potencial da localidade de se tornar um Geoparque Global da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), de importância internacional.
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