O mês de novembro foi negativo para Mato Grosso na questão de emprego, tanto que o estado está entre os 14 estados que mais demitiram, indo na contramão de outubro que criou 325 novas vagas no mercado formal.
Mato Grosso em novembro demitiu 5.804 empregados, sendo o segundo estado que mais demitiu do Centro-Oeste, atrás apenas de Goiás, que eliminou 6.163.
A análise do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho (MTb) aponta que essas demissões foram nos setores da agropecuária que foi a que mais demitiu cortando 3.185 vagas, seguida pela construção civil que cortou 1.511 postos, serviços cortou 737 e indústria 595. A única atividade em expansão na passagem de outubro para novembro foi o comércio, e mesmo assim, foram criadas apenas 348 vagas.
Conforme a série histórica do Caged para Mato Grosso, desde 2003, novembro é um período marcado pelas demissões acima das contratações. Nessa série, o pior momento para o mês foi registrado no ano passado quando as demissões somaram 9.037, recorde para novembro.
O saldo atual é resultado da movimentação registrada durante todo o mês, quando foram contratados 24.199 trabalhadores, mas demitidos pouco mais de 30 mil (30.003), marcando novembro como um momento em que o número de pessoas demitidas superou o de admitidas.
ONZE MESES – Apesar dos significativos cortes registrados em novembro, Mato Grosso registra no acumulado do ano a oferta de mais de 25,6 mil novas vagas de emprego formal. De janeiro a novembro foram geradas 25.645 vagas, sendo a maior parte delas criadas na agropecuária, que nesse acumulado de onze meses vai se tornando o maior empregador do Estado ao contabilizar 7.374 postos novos. No mesmo acumulado do ano passado o saldo estadual era de -5.959 vagas. Em 2016 a empregabilidade estadual era negativa, apontando até novembro daquele ano como um período de perdas para o setor, com a eliminação de quase 6 mil postos de trabalho, onde as demissões superavam as contratações.
BRASIL – No país o saldo de empregos formais teve resultado negativo em novembro, com uma redução de 12.292 vagas, variação negativa de 0,03% em relação ao estoque do mês anterior. Segundo Caged, foram 1.111.798 admissões contra 1.124.096 demissões no mês passado. “Esse saldo negativo não significa uma interrupção do processo de retomada do crescimento econômico do país”, destaca o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira.
De janeiro a novembro foram criados 299.635 novos postos de trabalho no país, o que comprova que a economia segue em processo de retomada. “A economia está crescendo de forma gradual. A melhor forma de distribuição de renda é o emprego. Estamos otimistas. O Brasil vai dar certo”, afirma Ronaldo Nogueira.
Treze das 27 unidades federativas tiveram variação positiva. O Rio Grande do Sul liderou o crescimento com um saldo de 8.753 empregos, puxado pela expansão do Comércio (+4.567 postos), Agropecuária (+3.973) e Serviços (+2.031). Santa Catarina ocupa no mês de novembro o segundo lugar, registrando crescimento de 0,25%, com saldo de 4.995 vínculos empregatícios, motivado pela expansão do Comércio (+5.090 postos), Serviços (+1.592 postos) e Agropecuária (+908 postos). O terceiro lugar ficou com o Rio de Janeiro, que apresentou crescimento de 0,09%, com saldo de 3.038 vínculos empregatícios. Esse crescimento foi motivado pelo saldo positivo de empregos no setor do Comércio (+9.649 postos).
Também foram destaques no mês de novembro: Ceará, com 2.861 postos de trabalho (+0,25%), Alagoas, com a criação de 1.468 empregos (+0,42%), Paraná, com saldo positivo de 1.433 empregos (+0,05%), Paraíba, com 1.256 vagas (+0,32%), Pará, com 729 postos de trabalho (+0,10%), Amazonas, com saldo de 395 vagas (+0,10%), Pernambuco, com 259 novas vagas (+0,02%), Espírito Santo, com saldo de 189 empregos (+0,03%), Roraima, com 143 postos de trabalho (+0,27%) e Sergipe, com saldo de 44 vínculos empregatícios (+0,02%).