Quatorze pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público do Estado de desviar aproximadamente R$ 600 mil das verbas indenizatórias nos anos de 2012 a 2015.
Entre eles o atual presidente, Eduardo Botelho, o ex-deputado e atual prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro, o deputado Ondanir Bortolini (Nininho) e os ex-deputados Zeca Viana, José Geraldo Riva e Wancley Charles Rodrigues de Carvalho.
Eles vão responder pelos crimes de associação criminosa, peculato e destruição de documentos públicos.
Os fatos foram apurados pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), na operação “Dejá vú”. Na denúncia, consta que houve colaboradores como Hilton Carlos da Costa Campos e Vinícius Prado Silveira, que inclusive já são réus em outra ação penal.
Eles que constituíam as empresas de fachada para assim conseguir emitir as “notas frias” em favor dos deputados e ex-parlamentares. Em contrapartida, recebiam um percentual sobre o valor nominal do documento fiscal”.
Conforme apurado pelo Núcleo de Ações de Competência Originária (Naco – Criminal) do Ministério Público são 89 notas fiscais “frias”. Com Zeca Viana foram constadas 23 notas, equivalente a R$ 149, 5 mil; com Ondanir Bortolini, 16 notas no valor de R$ 93,5 mil, com Emanuel Pinheiro foram 13 notas, no valor de R$ 91, 7 mil com José Geraldo Riva, oito notas fiscais no valor R$ 56,2 mil; com Wancley Charles Rodrigues de Carvalho, duas notas no valor R$ 11,2 mil e com José Eduardo Botelho, uma nota fria no valor de R$ 7,1 mil.
Conforme o MP, os documentos públicos relacionados às verbas indenizatórias investigadas “simplesmente sumiram, seja dos escaninhos da secretaria da Assembleia (onde deveriam estar arquivados os memorandos, como nos gabinetes de cada um dos parlamentares (onde deveriam estar arquivadas as vias protocoladas e as notas fiscais que lastrearam o pagamento da indenização)”.