O deputado estadual Wilson Santos (PSDB), afirmou nesta quarta-feira (25) que a busca dos servidores públicos pelo pagamento do Reajuste Geral Anual (RGA), previsto em 11,28%, já para início de junho deste ano, poderá parar na justiça.
Segundo o líder, o governo não tem condições de pagar o reajuste previsto, dessa forma reafirmou que o caminho é manter o diálogo com os servidores, mas previu que o pagamento ou não da RGA poderá seguir para a Justiça.
“Não temos condições de pagar o RGA e não vamos brincar com coisa séria. Se concedermos, atrasaremos a folha de junho e voltaremos ao velho ‘fantasma’ do salário atrasado. Não vamos ser inconsequentes. Penso que o Poder Judiciário deverá decidir essa questão, uma vez que assembleia não conseguiu intervir no processo”, completou o deputado.
Pela manhã, servidores do Estado aqueceram o debate contra o Governo na Assembleia Legislativa. Parte deles, alojaram-se nas galerias do Legislativo desde esta terça-feira (24). A mobilização de 48 horas, fez parte da ação para pressionar os deputados a intermediarem um diálogo com o Governo sobre o pagamento do RGA.
Com o tumulto a sessão para votar a derrubada ou não do veto do Governador Pedro Taques, foi transferida para a tarde desta quarta. A sessão está acontecendo desde às 17 horas e tem previsão para acabar apenas quando encerrar a contabilidade dos votos.
Estratégia
Na terça-feira (24) o secretário de Gestão, Julio Modesto, entregou ao líder do Governo na Casa de Leis, o documento, que responde à proposta da Assembleia. Modesto reafirmou que o Executivo está dialogando com os servidores estaduais e irá mostrar o fluxo de caixa do Governo para, se for possível, fazer o pagamento do Reajuste.
Conforme relata a Câmara Fiscal do Governo, formada pelas secretarias de Gestão (Seges), Planejamento (Seplan), Fazenda (Sefaz), Casa Civil e Controladoria Geral do Estado (CGE), não será possível, neste momento, fazer o pagamento do RGA em duas parcelas, como foi proposto pela Assembleia Legislativa em 23 de maio.
Segundo o estudo da proposta, pagar o RGA em duas parcelas, a primeira de 7,5% em maio e a segunda de 3,77% em junho, como foi proposto, poderia causar grave impacto na administração.
Embora os estraves, com a confiabilidade no diálogo, Wilson Santos enfatizou que até o próximo dia (31) data já definida por muitos sindicatos como o início da greve – o Executivo e os servidores possam entrar em um acordo.
“Meu apelo é que nós não fechemos as portas, que as lideranças sindicais possam manter o nível de responsabilidade que têm. Vamos continuar dialogando e conversando. Os números do Governo estão abertos, mesmo que não concordem com eles. Apresentem os números que vocês entendem. No momento o Estado não tem dinheiro para pagar RGA, mas continuaremos aberto a encontrar a solução”, concluiu.