A Associação Brasileira da Indústria Ferroviária (Abifer) vê o projeto da Ferrogrão com bons olhos, tanto para a economia de Mato Grosso, como para o país. Segundo a Abifer e demais empresários, há carga para todos transportarem, por conta do volume de crescimento da produção agrícola.
Os terminais portuários da região Norte já respondem por cerca de metade da carga do agronegócio que deixa Mato Grosso. A Ferrogrão ajudaria a desafogar os portos abarrotados de Santos (SP) e Paranaguá (PR).
Recentemente, o governador de Mato Grosso, Mauro Mendes, divulgou chamada pública para a busca de investidores para dois ramais ferroviários no estado. Conforme noticiado pelo Mato Grosso Econômico, com a ferrovia, espera-se a geração de 235 mil empregos durante as obras e um investimento de cerca de R$ 12 bilhões.
Entretanto, a construção da nova ferrovia projeta um impacto no preço do frete ferroviário na região. É isso que preocupa os empresários e concorrentes. Porém, fora esse fato, eles veem com otimismo a expansão da malha ferroviária no país.
“Esse projeto ferroviário trará um incremento de competitividade ao mercado, com resultados positivos para o País no longo prazo”, afirmou a companhia ferroviária controlada pela mineradora Vale.
A avaliação é a mesma entre os executivos da Pátria Investimentos, dona da Hidrovias do Brasil, empresa de logística que atua com terminais em Miritituba, distrito de Itaituba, no Pará, previsto para ser o ponto final da ferrovia.
“Quanto mais malha ferroviária, melhor para o País. A chegada da Ferrogrão é muito bem-vinda, assim como seria ótimo ter outros trechos construídos por qualquer concessionária. As projeções mostram que não vai faltar carga para nenhuma ferrovia. A indústria cresce com a expansão da malha. Por isso, nós apoiamos todos os projetos”, diz o presidente da Abifer, Vicente Abate.
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