Nesta quinta-feira (28) está previsto a votação pelo Conselho Participativo de um possível reajuste na tarifa do transporte coletivo de Cuiabá. A planilha de cálculo apresentada pela Agência Municipal de Regulação de Serviços Delegados de Cuiabá (Arsec) aponta o reajuste dos atuais R$ 3,60 para R$ 3,85. Se aprovado, o aumento de 5,80% já passa a valer no dia 02 de janeiro.
O Conselho é formado por 18 representantes de repartições variadas como secretarias, associações, entre outros. A planilha de cálculo foi publicada no Diário Oficial de Contas do dia 28 de novembro. O aumento leva em conta valores como o preço do combustível, variação do custo dos veículos, salário de motoristas entre outras despesas.
Atualmente a frota é composta por 354 ônibus. Grande parte dos passageiros não concorda com o aumento da tarifa.
Apesar de toda a movimentação para o reajuste da tarifa que vigoraria este ano, que chegou inclusive a ser cogitada em até R$ 4,20, a Capital não sofreu reajuste. No início do ano o prefeito Emanuel Pinheiro (PMDB), confirmou que não autorizaria o aumento da passagem. Pinheiro frisou que o valor seria muito caro pelo atual cenário do transporte coletivo e que antes de pensar em manter o ciclo vicioso do reajuste, deveria ser pensada a situação da qualidade.
O último aumento da passagem passou a valer na Capital de mato-grossense no dia 1º de março de 2016 quando passou de R$ 3,10 para R$ 3,60. De acordo com Agência Municipal de Regulação de Serviços Públicos Delegados (Arsec), o reajuste visava cobrir as perdas inflacionárias, aumentos nos preços dos combustíveis, de peças e de gastos com pessoal.
Inicialmente, o valor do aumento seria de R$ 3,80, mas o governador Pedro Taques (PSDB) isentou as empresas de transporte coletivo do recolhimento de Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) do óleo diesel.
LICITAÇÃO – Atualmente os serviços são prestados pelas empresas Expresso Norte Sul, Integração Transportes e Pantanal Transportes. Os contratos vencem em 05 de junho de 2019. No mês passado o prefeito Emanuel Pinheiro criou uma comissão que deve elaborar estudo que subsidiará a licitação do transporte coletivo. Os trabalhos elaborados devem ser apresentados em 90 dias. A comissão deve realizar estudo de viabilidade jurídica, técnica e econômico-financeira para subsidiar o projeto básico do edital de licitação do transporte coletivo. A comissão também deve observar a necessidade e viabilidade de criação de novos corredores exclusivos (faixas) ou compartilhado em horários de pico, definição de áreas críticas. A integração com os diferentes meios de transportes, principalmente no que se refere ao Veículo Leve sobre Trilhos (VLT).