De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), Mato Grosso registrou leve redução sobre a taxa de desocupação, indicador calculado pelo IBGE. Nesse primeiro trimestre do ano em relação ao mesmo acumulado do ano passado, a taxa no Estado caiu 0,2 pontos percentuais ao sair de 9,3% para 9,1%.
No entanto, comparando os resultados atuais com os do último trimestre do ano passado – outubro, novembro e dezembro – a taxa em Mato Grosso aumentou em 2,2 pp, ao passar de 6,9% para 9,1%. Considerando esse saldo, Mato Grosso está entre os cinco estados da Federação onde houve alta sobre a taxa de desocupação.
A população desocupada foi estimada em 165 mil pessoas nesse primeiro trimestre, contingente sem alteração “estatística significativa em relação ao mesmo período do ano anterior”, como apontam os analistas do IBGE. Mas ao considerar o avanço de 2,2 pp na passagem do último trimestre de 2018 para o primeiro trimestre de 2019, a PNAD registrou um aumento de 42 mil pessoas, em relação ao trimestre anterior, ou seja, variação de 34,5%.
O universo estadual da população em idade de trabalhar está estimado em 2.721 pessoas, volume considerado estável ante o mesmo acumulado do ano passado. Considerando esse contingente, a Pesquisa mostra que o nível da ocupação, em 60,6%, aumentou em 2,4 pp em relação ao mesmo período do ano anterior, condizente com a redução da taxa de desocupação. “Entretanto, em relação ao último trimestre de 2018, não houve variação estatisticamente significativa”.
A pesquisa avaliou a média dos rendimentos recebidos no Estado por todos os tipos de trabalhos remunerados. O resultado desse indicador revela que apesar de um cenário de aparente estabilização no desemprego na comparação entre os primeiros trimestres de 2019 ante 2018, a média paga aos ocupados caiu de R$ 2.342 para atuais R$ 2.281. O valor pago ao trabalhador mato-grossense nesses três primeiros meses do ano está quase 0,5% abaixo da média nacional, em R$ 2.291 e mais distante do apurado na média do Centro-Oeste, em R$ 2.581.
No Brasil, a taxa de desocupação no 1º trimestre de 2019 foi de 12,7%, 1,1 ponto percentual acima do trimestre anterior (11,6%) e 0,4 ponto percentual abaixo do 1º trimestre de 2018 (13,1%). As maiores taxas foram observadas no Amapá (20,2%), Bahia (18,3%) e Acre (18,0%), e as menores em Santa Catarina (7,2%), Rio Grande do Sul (8,0%), Paraná e Rondônia (ambos com 8,9%).
Considerando-se as variações estaticamente significativas, em 14 das 27 unidades da federação, a taxa cresceu em relação ao trimestre anterior. Nas demais UFs, houve estabilidade. As maiores variações foram no Acre (4,9 pontos percentuais), Goiás (2,5) e Mato Grosso do Sul (2,5).
Já em relação ao mesmo trimestre de 2018, a taxa subiu em quatro unidades da federação: Roraima (4,7), Acre, (3,6) Amazonas (2,0) e Santa Catarina (0,7). Por outro lado, a taxa caiu em três estados: Pernambuco (-1,7), Minas Gerais (-1,5) e Ceará (-1,4).
(Com IBGE)