Como o governador eleito Mauro Mendes (DEM) assume em primeiro de janeiro. Ele está preocupado com os últimos atos do governador Pedro Taques (PSDB) que vão influenciar diretamente em sua gestão.
E por isso declarou que os últimos 3 meses de governo de Taques, ou seja, pós-eleição serão revistos e analisados, já que vão influenciar diretamente em sua gestão.
Principalmente referente a contratos e licitações. "Uma administração séria precisa estar voltada para aquilo que melhor atende ao interesse público. E é pautado nesse compromisso que iremos analisar todas as decisões tomadas nos últimos 90 dias da atual gestão, avaliando possíveis revisões ou alterações, especialmente no que tange a contratos e licitações”, enfatizou.
Mauro justificou que sua preocupação é “atender ao interesse público, considerando a realidade de caixa e a dura realidade financeira do estado de Mato Grosso”.
Ele mandou um recado para os fornecedores .“Eu queria neste momento comunicar a todos, principalmente aos fornecedores e todos aqueles que estão envolvidos nas cadeias de fornecimento do estado de Mato Grosso. Todas as decisões que forem tomadas nos últimos 90 dias, elas serão passíveis de uma reanálise e algumas delas passíveis até mesmo de alteração na nossa administração”, finalizou.
Vale lembrar que, ao assumir o comando do Palácio Paiaguás, em janeiro de 2015, o governador Pedro Taques se deparou com progressões de carreiras e reajustes salariais de diversas categorias do funcionalismo público, os quais foram concedidos nos últimos dias de gestão do então governador Silval Barbosa.
O fato levou o gestor tucano a baixar um decreto que tornou nulos todos os aumentos reais de subsídios ou proventos que tenham sido concedidos nos últimos quatro meses de gestão do seu antecessor.
Pedro Taques pautou a sua decisão no artigo 21, parágrafo único, da Lei Complementar nº101/200. Em seu texto, a lei diz que nos últimos 180 dias do mandato do chefe do Poder Executivo não é possível a realização de despesas com pessoal, sendo nulos de pleno direito os atos desta natureza.
O tucano, entretanto, acabou voltando atrás e concedendo as progressões, o que resultou, mais pra frente, em crise no caixa do governo e na mudança da data de pagamento dos servidores públicos, que deixou de ser no último dia do mês trabalhado para ser no décimo dia do mês seguinte, como determina a lei.