O Relatório Anual de Informações Sociais (Rais) da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia aponta que entre 2013 e 2017, o salário médio das mulheres cresceu 4,4%, enquanto o dos homens teve alta de 0,9% no período. Com isso, elas passaram a receber, em média, 85,1% dos salários deles em 2017, o que significa uma redução da desigualdade salarial, já que em 2013 este número era de 82,3%.
Apesar de terem maior nível de formação, as mulheres ainda ganham menos que os homens, principalmente nas faixas mais escolarizadas. A remuneração média das mulheres com ensino superior completo era de R$ 4.949,14 em 2017, enquanto a dos homens era de R$ 7.678,53 no mesmo ano.
O número de mulheres no mercado de trabalho também tem aumentado. Só em 2018, foram mais de 202 mil novos postos de empregos para elas, de acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). O crescimento foi registrado em todas as faixas etárias, em especial para aquelas com mais de 30 anos.
Escolaridade
Segundo a Rais, apesar de receberem menos, as mulheres são maioria entre os que possuem ensino superior completo no mercado de trabalho. Elas representavam 58,9% dos profissionais empregados com esse nível de ensino em 2017. Considerando apenas as mulheres empregadas no período, 29,7% delas tinham superior completo. Entre os homens, esse percentual foi de 16,3%.
As maiores taxas de participação feminina estão em atividades relacionadas à saúde (76,6%), ensino (62,6%), indústria têxtil (61,8%) e na administração pública (58,5%). A atuação das mulheres no mercado de trabalho ainda se concentra em setores e ocupações específicas, mas destaca-se o crescimento de 1,5% de participação na construção civil.
No recorte regional, a taxa de participação das mulheres é maior no Sul do País, onde elas representam 45,7% da força de trabalho. Em seguida, aparecem as regiões Sudeste (44%), Nordeste (43,9%), Norte (43,6%) e Centro-Oeste (41,1%).
Os maiores crescimentos nas taxas de participação feminina nos últimos cinco anos foram observados nos estados do Amapá (3,6%), Alagoas (3,2%) e Piauí (2,8%).