Para os brasileiros que não curtem o horário de verão porque têm o incoveniente de acordar mais cedo, uma boa notícia: o Brasil não adotará mais o horário de verão a partir deste ano, conforme decreto do presidente Jair Bolsonaro assinado na última sexta-feira (25). A medida já havia sido anunciada pelo presidente no último dia 5 de abril.
A decisão foi baseada em recomendação do Ministério de Minas e Energia, que apontou pouca efetividade na economia energética, e estudos da área da saúde, sobre o quanto o horário de verão afeta o relógio biológico das pessoas.
Segundo avaliação dos especialistas, o horário de pico hoje é às 15 horas e o horário de verão não economiza mais energia como antigamente. Na saúde, mesmo sendo só uma hora, mexia com o relógio biológico das pessoas e isso é prejudicial, resultando na queda de produtividade dos trabalhadores nesse período.
De acordo com o secretário de Energia Elétrica do MME, Ricardo Cyrino, a economia de energia com o horário de verão diminuiu nos últimos anos e, neste ano, estaria perto da neutralidade. “Na ótica do setor elétrico, deixamos de ter o benefício”, disse.
Cyrino afirmou que o horário de verão foi criado com o objetivo de aliviar o pico de consumo, que era em torno das 18 horas, e trazer economia de energia na medida em que a iluminação solar era aproveitada por mais tempo. “Com a evolução da tecnologia, iluminação mais eficiente, entrada de ar-condicionado – que deslocou o pico de consumo para as 15 horas – e também a substituição de chuveiros elétricos [por aquecimento solar, por exemplo], que coincidia com a iluminação pública às 18 horas, deixamos de ter a economia de energia que havia no passado e o benefício do alívio no horário de ponta, às 18 horas”, explicou.
O horário de verão foi criado em 1931 e aplicado no país em anos irregulares até 1968, quando foi revogado. A partir de 1985, foi novamente instituído e vinha sendo aplicado todos os anos, sem interrupção. Normalmente, o horário de verão começava entre os meses de outubro e novembro e ia até fevereiro do ano subsequente, quando os relógios deveriam ser adiantados em uma hora em parte do território nacional.
Em Mato Grosso, o horário de verão iniciado no ano passado finalizou em 16 de fevereiro, conforme publicado anteriormente pelo MT Econômico neste link. Com o decreto, não haverá portanto, mais horário de verão para os mato-grossenses.