As redeiras de Várzea Grande, que fazem parte da Associação das Redeiras de Limpo Grande e já são reconhecidas internacionalmente, agora estarão amparadas juridicamente, com a assinatura nas peças produzidas, atestando sua autenticidade e a produção genuinamente manual.
Além disso, elas poderão em breve comercializar os seus produtos artesanais no Centro Cultural que será construído no distrito de Várzea Grande, e que irá fomentar o turismo na localidade. A estrutura contará com 184m² de área útil para exposições, trabalhos de tear, cursos, e reuniões; além de área administrativa, copa e 03 banheiros.
A presidente da Associação das Redeiras de Limpo Grande, Jiliane Maia da Silva Brito, disse que a oficialização desse projeto era um sonho antigo de todas as redeiras de Limpo Grande e que integram a Associação, que foi criada ano passado e que conseguiu mobilizar as artesãs para que não deixasse morrer essa cultura, que estava quase extinta. “Com trabalho, dedicação, e apoio do poder público, conseguimos trazer de volta a tradição do tear, que é rara e única, e que só existe em Limpo Grande. Estamos muito felizes e gratos a todos vocês que de alguma forma estão contribuindo com a gente”, disse a representante das artesãs destacando ainda que é a primeira vez que vê um prefeito e uma primeira-dama tendo um carinho tão especial pela comunidade de Limpo Grande.
A artesã Adelaide Ferreira de Oliveira, 67 anos, e que desde criança aprendeu a tear, disse que está muito feliz em ver que essa atividade agora se tornou profissão oficial e legal. “O prefeito Kalil e sua esposa têm feito a diferença nesta comunidade e nós só temos a agradecer. Esse governo tem incentivado e fomentado essa cultura da confecção da rede manual, que será ainda mais reconhecida”, comemorou.
A Coordenadora do Programa do Artesanato Brasileiro, da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico e Turismo, Lourdes Sampaio, disse estar emocionada em fazer parte do lançamento de um projeto inédito no mundo todo, a certificação das redes de Várzea Grande. “Existiu muitas promessas de ajuda a essas meninas e nada foi feito. É gratificante ver um prefeito atuante e com um olhar carinhoso para os trabalhos desenvolvidos por essas artesãs que embora tenham suas redes espalhadas em um canto do mundo, não tinham o reconhecimento devido de suas produções, que são únicas e genuinamente várzea-grandense. Vocês não têm noção do quanto os trabalhos delas são valorizados nas nossas feiras nacionais. Vocês não têm noção do quanto essas meninas fazem artes e o apoio do Poder público, e o incentivo para que elas cresçam ainda mais nos enche de orgulho e gratidão. O prefeito Kalil Baracat é um dos prefeitos que mais atuou aqui em Limpo Grande, trazendo para as redeiras esperança de manter viva essa cultura e tradição de nossas redes”.
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O secretário de Educação, Cultura, Esporte e Lazer, Silvio Fidelis, disse que a criação de um Centro Cultural de Limpo Grande e a certificação das peças produzidas são incentivos importantes para a perpetuação de uma das mais importantes tradições do município de Várzea Grande. “A produção artesanal das redes várzea-grandenses é tão importante quanto a criação de um espaço para a sua comercialização, e a edificação desse projeto vai ser fundamental para o fomento da cultura e do turismo para essa região. Não podemos esquecer que essas diretrizes são fortalecidas nas escolas da Rede Municipal, dando como exemplo, a entrega de livros pedagógicos, onde a rede está retratada na capa do exemplar. Estamos contribuindo com esse setor e vamos atuar de forma mais efetiva nos programas e projetos executados pelo setor”.
O prefeito Kalil Baracat disse que não poderia encerrar o mês de março em um lugar tão especial como Limpo Grande e que simboliza a luta de mulheres fortes e que fazem uma obra de arte maravilhosa. “Tenho um compromisso com a cidade de Várzea Grande, e em especial com a comunidade deste distrito, na construção do Centro Cultural para fomentar o artesanato local. Estamos hoje aqui para participar da ordem de serviço e lançamento desse importante empreendimento. A nossa maior cultura é com certeza as nossas redes e vamos lutar para que ela seja reconhecida internacionalmente. Esse novo espaço é justamente para isso, para que as pessoas venham a Limpo Grande e que conheçam os variados itens produzidos aqui, em especial as redes, elogiadas no mundo todo”.
O prefeito destacou ainda o apoio irrestrito da primeira-dama, Promotora de Justiça Kika Dorilêo Baracat, que à frente do Gabinete de Apoio às Ações Transformadoras, conseguiu que as redeiras estejam amparadas judicialmente, e que suas produções tenham amparo legal. “A minha esposa é uma mulher engajada no encorajamento de outras mulheres e tem se dedicado a essa comunidade por entender o que elas representam para este município, e para o país inteiro”.
Kika Dorilêo disse que acompanhou de perto as lutas das redeiras e que sofreu junto com todas as artesãs para que a TCARTE saísse do mundo dos sonhos e que passasse a realmente existir, porque acredito que juntas somos mais fortes. “Tenho certeza de que vocês vão alcançar espaços ainda maiores e que esse projeto será um sucesso. Já estive participando de vários eventos fora de Várzea Grande e vi autoridades e pessoas importantes sendo presenteadas com as redes que eu sabia que tinham sido produzidas em Limpo Grande e que eram ditas como redes de Mato Grosso. Isso me magoava e me deixava triste, daí a necessidade desse resgate cultural e mostrar esse potencial cultural e quão importante é fazer esse registro histórico deste município”.
A primeira dama disse ainda que nada melhor que encerrar o mês de março, no distrito de Limpo Grande, berço de mulheres fortes e guerreiras, mulheres de fé e que muito bem representam cada mulher várzea-grandense.
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