A denúncia do Ministério Público Estadual (MPE), de 14 pessoas envolvidas nos desvios de verbas indenizatórias entre os anos de 2012 e 2015 no valor de R$ 600 mil incluindo o presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual Eduardo Botelho (DEM) e o presidente Emanuel Pinheiro (MDB) deve ser oferecida a justiça.
A esperança do presidente da casa de leis é que a justiça não acolha o pedido do MP. Botelho alega que teria prestado contas de gastos apresentando uma nota fria no valor de R$ 7.143,00. “Essa nota não entrou na conta da Assembleia. Não existe essa nota prestando conta. Mas mesmo assim o MPE decidiu que deveria denunciar. Vamos oferecer nossa defesa e eu tenho certeza de que não vai ser aceita essa denúncia”, enfatizou o presidente.
Emanuel disse que sempre prestou conta de toda a verba indenizatória utilizada quando era deputado estadual e por isso, vê com “estranheza” a denúncia do MPE.
No caso do prefeito, o MP alega que faltam 13 notas, totalizando o valor de R$ 91.750,69.
Nos anos citados, a verba indenizatória era no valor de R$ 35 mil. O uso do benefício, entretanto, deveria ser comprovado por meio de notas fiscais.
No total, foram apuradas 89 notas fiscais “frias". Entre os denunciados estão ainda Zeca Viana foram constadas 23 notas, equivalente a R$ 149.545,00; com o deputado Nininho, 16 notas no valor de R$ 93.590,35; com José Riva, oito notas fiscais no valor R$ 56.200,10; e com Wancley de Carvalho, duas notas no valor R$ 11.252,00.
A denúncia é relativa à "Operação Déjà vu”, deflagrada pelo Núcleo de Ações de Competência Originária (Naco – Criminal) e o Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) em agosto do ano passado.