A Nova Rota do Oeste chega aos 120 dias de gestão da MT Par, empresa de capital misto do governo do Estado de Mato Grosso, com os principais gargalos, que atrapalhavam a concessão da BR-163, resolvidos. A dívida, que chegava a R$ 1 bilhão, foi quitada. A duplicação, interrompida há sete anos, foi retomada com força total no trecho de Posto Gil a Nova Mutum. O plano de manutenção e reconstrução do pavimento, antes tapa-buraco emergencial, agora conta com recursos necessários e no próximo período de chuvas a rodovia estará em boas condições. Há ainda um intenso trabalho na elaboração de novos projetos e busca por inovações tecnológicas para garantir que as obras sejam concluídas no menor tempo possível.
Há um ano, a concessão da BR-163/MT não tinha perspectiva sobre qual seria o seu futuro. A empresa caminhava para ser devolvida ao governo Federal e aguardaria de quatro a cinco anos para ser novamente leiloada e ver, como consequência, os investimentos voltarem a ser realizados. “Mato Grosso não poderia esperar todo esse tempo que tem levado para estas relicitações, então o governo do Estado decidiu encarar esse problema que, inicialmente, não era dele”, enfatiza o presidente do Conselho de Administração da Nova Rota, Cidinho Santos. A troca de controle foi formalizada em ato no dia 4 de maio de 2023.
O diretor-presidente da Nova Rota do Oeste, Luciano Uchoa, pontua que todo o trabalho realizado pela empresa tem um único objetivo: entregar uma infraestrutura adequada e segura aos mato-grossenses, honrando o compromisso assumido pela empresa. “Nesses quatro meses avançamos mais do que havia sido feito nos sete anos anteriores, por diversas dificuldades setoriais. Agora, depois de colocar as engrenagens para rodar, o foco é aumentar esse ritmo até a entrega de todo o escopo de obras previsto para a BR-163, de Itiquira a Sinop”.
Como parte desse compromisso, a BR-163/MT passou a receber obras em 5 de maio, um dia após a nova gestão, quando foram assinadas cinco ordens de serviço para iniciar imediatamente a recuperação do pavimento entre Cuiabá e Sinop, abarcando as rodovias BR-070 (Capital e Várzea Grande), BR-364 (de Várzea Grande a Rosário Oeste) e BR-163 (de Nova Mutum a Sinop). Somente nessa frente de serviço, a Nova Rota do Oeste está investindo R$ 202 milhões e já recuperou mais de 265 quilômetros de faixa.
A retomada da duplicação foi formalizada em menos de dois meses da troca de controle, em 1º de julho, com a assinatura da ordem de serviço no valor de R$ 618 milhões. Essa frente de trabalho contempla 86 quilômetros e avança a partir do km 507 da BR-163, em Diamantino, sentido Nova Mutum. É importante ressaltar que paralelamente às frentes de obras na rodovia em andamento no trecho sob concessão, a equipe de engenharia trabalha na revisão dos projetos e elaboração de cronogramas com foco na antecipação da conclusão do escopo de trabalho. Ao todo, serão entregues cerca de 450 quilômetros de pista duplicada, 34 dispositivos (viadutos, trevos, diamantes, entre outros), sete passarelas de pedestres, e diversas melhorias de mobilidade, especialmente nas travessias urbanas dos municípios.
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A Nova Rota do Oeste também passou a intervir emergencialmente no trecho da BR-364, de Cuiabá a Rondonópolis, onde as obras eram de responsabilidade do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) e estão em fase adiantada de transferência em definitivo para a Concessionária. Neste segmento passaram a ser investidos cerca de R$ 4 milhões mensais e, agora, um trabalho mais robusto está em andamento.
Os investimentos iniciais na BR-163/MT foram possíveis diante do aporte financeiro de R$ 1,2 bilhão pelo governo de Mato Grosso. Uma parte foi usada para a quitação da dívida da Concessionária, de R$ 920 milhões com sete bancos, com um desconto de mais de 50%, possibilitando, na sequência, os investimentos nas obras previstas no Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado entre Concessionária e Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), que ao todo prevê o investimento da ordem de R$ 7,5 bilhões em um prazo de até oito anos.
O montante a ser investido tem como origem o aporte do governo de Mato Grosso, arrecadação na praça de pedágio e busca no mercado financeiro. A Concessionária Nova Rota do Oeste já trabalha na busca pelo financiamento de longo prazo.
Com todo esse movimento, a expectativa da empresa é abrir mais 1,2 mil vagas de trabalho na BR-163/MT até 2024. Atualmente, a Nova Rota do Oeste conta com um quadro de funcionários formado por cerca de mil pessoas trabalhando nos 850,9 quilômetros sob concessão da BR-163, de Itiquira a Sinop, nos mais variados cargos nos setores administrativos e operacionais, sempre desenvolvendo atividades que impactem positivamente na vida de quem percorre a rodovia.
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