Em visita à CDL Cuiabá nesta segunda-feira (14), o governador de Minas Gerais Romeu Zema (Novo) destacou em coletiva de imprensa que o Brasil é o país com maior passivo tributário do mundo, comparando o tamanho da economia. A referência citada pelo chefe do Poder Executivo mineiro é em relação aos problemas tributários que as empresas enfrentam na esfera judicial.
“Enquanto os países desenvolvidos questionam em torno de 5% da economia, aqui [Brasil] nós temos praticamente 100% sendo discutido nos tribunais. Isso gera insegurança, isso gera custo e isso gera um desenvolvimento econômico muito abaixo da média. Fui empresário e metade do meu tempo eu ficava dedicado a entender a área tributária”, disse Zema.
O governador de Minas acredita que haverá um avanço grande com a Reforma Tributária, mas que também é preciso reduzir as taxas de juros que é um entrave ao investimento e ao financiamento de bens.
“Para reduzir as taxas de juros, não é na ‘canetada’. Você reduz juros na hora que o governo começa a arrecadar mais do que gasta, exatamente o contrário do que existe hoje. Falta responsabilidade fiscal e falta também, modernização das regras. A Reforma Tributária vai ser um caminho e com isso quem vai ganhar é o setor produtivo e as pessoas”, avalia.
Romeu Zema acredita que o atual governo não consegue conectar as taxas de juros com o desenvolvimento econômico e social.
“Na hora que você puder financiar um carro muito mais ‘em conta’ do que hoje, provavelmente vai ter mais carro sendo vendido. Na hora que você oferecer imóveis numa taxa muito menor do que a atual, vai ter mais pessoas que vão conseguir pagar essas prestações. Parece que esse governo não consegue conectar uma coisa na outra. Ele só quer gastar, gastar, gastar e acha que isso é bom. Parece que não entende de economia e não vê que isso tá fazendo os juros subirem e inviabilizar uma série de melhorias”, ressalta.
Programa Social
Questionado na coletiva sobre o que Zema pensa sobre os programas sociais para acabar com a fome e miséria, visto que tantas pessoas ainda estão em condições de vulnerabilidade e pobreza no país, o governador respondeu:
“A melhor política social que nós vamos entregar no final de 2025 é um milhão de carteiras de trabalho assinadas para os mineiros. Isso faz diferença num país e faz muita diferença num estado. O meu antecessor que era do partido PT ‘destruiu’ 200 mil carteiras assinadas em Minas Gerais. Não existe nenhum programa social melhor do que a criação de empregos, principalmente empregos formais”. Esses dados podem ser confirmados no Caged, do Ministério do Trabalho, segundo o governador.
Zema defendeu também a qualificação profissional. “Neste momento temos um programa em Minas que é o ‘Trilhas do Futuro’, onde mais de 90 mil jovens estão fazendo cursos técnicos profissionalizantes, com dois anos de duração, em escola particular, que o estado paga a mensalidade e ainda dá auxílio alimentação e auxílio transporte para que o jovem tenha oportunidade de ter um emprego melhor. Contra a miséria não há ‘bala de prata’, que você dá um tiro e acaba com ela. É necessário você ter uma série de ações na Educação, nos Setores Produtivos e na área de Assistência Social. Também temos programas para mulheres vítimas de violência doméstica para conseguirem trabalho. Não é ajudando as pessoas eternamente, criando uma relação de dependência que você vai tirar essas pessoas da miséria, mas infelizmente essa costuma ser a visão do atual governo federal”.
Apoio a Abílio Brunini
Zema disse que o motivo da sua vinda à capital mato-grossense, também é prestar apoio ao candidato à prefeitura de Cuiabá, Abílio Brunini (PL). O postulante ao Executivo Municipal recebeu ontem (14) a visita do ex-presidente Jair Bolsonaro em evento na Acrimat.
“Tenho muita afinidade com o trabalho dele. Se tem uma linha que vai corrigir os problemas do Brasil, essa linha é a da Direita porque a Esquerda ainda vive com o pensamento dos anos 60. Já tivemos uma recessão gigantesca em 2015-16, que foi causada única e exclusivamente pela Esquerda. O mundo todo crescia nessa época, exceto o Brasil, que andou para trás. A economia encolheu 8% devido à corrupção como o Petrolão, Lava Jato, Mensalão, mala de dinheiro, etc, que na minha opinião é especialidade da Esquerda”, dispara o governador de Minas Gerais.
Eleições 2026
Zema é um dos nomes sondados para disputar as eleições presidenciais em 2026, porém o mesmo nega as intenções, mas disse que espera enquanto estiver na vida pública, deixar um legado positivo à sociedade.
“O único que confirmou as intenções até o momento é Caiado [governador de Goiás]. Eu mesmo sou da linha de que a direita deveria trabalhar unida e apoiar um único nome que as pesquisas indicarem como o mais viável para 2026”, pondera.
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