Uma mesa de negociação entre os permissionários e a Empresa CS Mobi acontece na próxima quinta-feira (10), na Câmara Municipal de Cuiabá. A Comissão Parlamentar de Inquérito(CPI) que investiga a parceria público-privada (PPP) de 30 anos entre a Prefeitura e a empresa que vai intermediar a conversa que pretende garantir melhores condições para a empresa e os permissionários. A decisão foi tomada durante a oitiva dos permissionários na semana passada.
O presidente da CPI, Rafael Ranalli (PL), informou durante a sessão que recebeu mensagem de Kenon Mendes de Oliveira, gerente geral de Operação do Consórcio CS Mobi Cuiabá, que quer garantir um ponto de equilíbrio no contrato entre a empresa com a prefeitura e permissionários. E também definiu que a reunião acontecerá na próxima quinta-feira.
“A empresa nos garantiu que está disposta a sentar para encontrar um ponto de equilíbrio com o Município, sempre mantendo os pontos dos contratos assinado com o Município e os permissionários. Vamos traçar o que a CS Mobi propõe de diferencial dos outros comerciantes para os permissionários para que começarmos a negociação”, explicou o presidente da CPI.
Entre os objetivos da CPI está a repactuação do contrato a fim de revisar alguns pontos que visem ao bom uso do dinheiro público na concessão de 30 anos firmada entre a gestão anterior e a CS Mobi.
ALTAS COBRANÇAS – Durante a oitiva, o permissionário do Mercado Municipal de Cuiabá, Sebastião Freitas de Paulo, denunciou a prática de cobranças abusivas pelo consórcio CS Mobi. Segundo o comerciante, além dos valores, eles precisam pagar taxas extras em datas comemorativas. Sebatisão também relatou que os permissionários antigos são excluídos pela concessionária, sendo colocados em áreas de pouca movimentação para lucrar com os pontos de maior visibilidade.
“(A CS Mobi) disse que nos daria tratamento diferenciado, que poderíamos escolher o espaço, mas querem nos jogar para os corredores”, falou Sebastião Freitas na tribuna do Legislativo.
Conforme o permissionário, a CS Mobi exige o pagamento de uma “taxa luva” de R$ 500 por metro quadrado do box. O aluguel varia entre R$ 90 a 110 o metro quadrado. Os empreendedores também precisam custear a taxa de condomínio de R$ 80.
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