De acordo com dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) as tarifas de energia elétrica poderão ter aumento médio de 5,6%. Se confirmada, a variação estará acima da inflação prevista pelo mercado financeiro, de 3,86%.
A informação foi divulgada ontem (23) pelo diretor-geral da agência, Sandoval Feitosa, em entrevista à CNN Brasil.
Umas das principais fontes de pressão sobre as tarifas é o aumento da conta de subsídios. Neste ano, são R$ 37 bilhões em subsídios pagos pelos consumidores, representando quase 15% da tarifa.
O secretário de Reformas Econômicas do Ministério da Fazenda, Marcos Barbosa Pinto, afirmou que o Ministério da Fazenda pretende fazer um pente-fino sobre essas despesas. São subsídios por exemplo para comprar óleo diesel e gerar energia em regiões isoladas. Esses subsídios vêm crescendo todos os anos. Em 2018, por exemplo, eram R$ 18,8 bilhões.
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“A gente está chegando a R$ 37 bilhões (de subsídios embutidos). Temos energia barata e conta de luz cara. Este ano queremos fazer uma revisão total, junto com o Ministério de Minas e Energia (MME), sobre como podemos reduzir o impacto desses subsídios na conta de luz”, disse Pinto em entrevista.
A projeção da Aneel está abaixo da estimativa feita pela Associação dos Grandes Consumidores de Energia (Abrace), que prevê alta de 6,58%. Para alguns estados, no entanto, como Minas Gerais, os reajustes podem chegar a 15%, segundo a associação.
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