O site Mato Grosso Econômico em parceria com o website de salários Glassdoor divulgou o relatório que mostra que as mulheres recebem, na média, 5 centavos por dólar a menos do que os homens na mesma posição com mesma qualificação e que trabalham na mesma companhia.
Em algumas áreas ainda a desvantagem é bem maior, segundo uma nova pesquisa.
O estudo analisou 505.000 relatos sobre salários de funcionários contratados em tempo integral em 25 setores, ajustando para fatores como idade, experiência, empresa, região geográfica, grau de educação e cargo. Mulheres graduadas em Ciências da Computação amargam a maior diferença: 28 por cento.
As mulheres às vezes subvalorizam sua formação acadêmica nas negociações salariais, disse Andrew Chamberlain, economista-chefe da Glassdoor.
"Nossa força de trabalho está se configurando de forma que as mulheres têm mais educação do que os homens e, se as mulheres não compreenderem plenamente o valor de seus diplomas, elas talvez não peçam o que merecem."
Profissões com grandes diferenças de salário são comuns na área de saúde. Dentistas, médicas, psicólogas, farmacêuticas, técnicas em medicina e optometristas ganham de 14 por cento a 28 por cento a menos do que contrapartes do sexo masculino.
Em 2015, a Califórnia aprovou a Lei de Pagamento Justo para atenuar as diferenças salariais no Estado ao determinar que mulheres e homens que realizam trabalho "substancialmente similar" recebam o mesmo.
A legislação dá poder a funcionárias que sentem que sua compensação reflete discriminação no ambiente de trabalho. Essas leis servem um propósito duplo, disse Dawn Lyon, vice-presidente de assuntos corporativos da Glassdoor: expõem as diferenças salariais e ajudam as mulheres a renegociar seus salários à luz de mudanças na sua experiência profissional e nas condições do mercado de trabalho.
A profissão com a menor diferença salarial é a de coordenador de eventos, na qual os homens ganham na média 0,2 por cento a mais.
Para algumas ocupações — como assistente social, colaborador de comunicação, representante de mídia social e assistente de pesquisa —, a diferença até favorece as mulheres, que ganham marginalmente mais do que os homens.
Krawcheck sugere que as mulheres superem a vergonha de pedir aumento. "Chegar ao salário dos homens representa aumento para nós de 30 por cento ou mais", ela disse, se referindo à estimativa de diferença salarial do Escritório de Estatísticas Trabalhistas dos EUA.
"Se a mulher ganha US$ 85.000 por ano e consegue um aumento para o nível do homem, isso representa US$ 1,7 milhão ao longo de 30 anos. Vale o estresse de curto prazo."